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Copom alerta sobre o aumento da inflação no ínicio de 2006

Os integrantes do Comitê afirmam que a inflação no início deste ano, captada em diferentes indicadores, está mais elevada do que o esperado.

Por Agencia Estado
Atualização:

A inflação no início deste ano está acima do esperado, mas, "em boa medida", esta alta deve-se a fatores pontuais. Este é o alerta da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada hoje. O documento destaca que a inflação em alta neste início do ano tem caráter sazonal. Ou seja, são preços que sobem apenas nesta época do ano e deverão ter impacto sobre a inflação do primeiro bimestre. A ata destaca, contudo, que esta alta dos preços deve diminuir com o tempo, sem persistir por períodos mais longos. Os membros do Comitê afirmam, no documento, que estarão atentos à evolução da inflação nos próximos meses, para então definir os próximos passos da sua estratégia para a política de juros. O Copom confirma que os juros continuarão em queda, como conseqüência da convergência da inflação para as metas estabelecidas pelo BC. O fato é que a política monetária usa as taxas de juros para manter a inflação sob controle, já que juros altos reduzem o consumo e diminuem a atividade econômica. Portanto, se a inflação segue controlada, os juros poderão permanecer em queda, conforme destaca o BC. Na última reunião, o Copom reduziu em 0,75 ponto porcentual a Selic, a taxa básica de juros da economia, que está hoje em 17,25%. BC acredita em cumprimento das metas Na ata do Copom, fica claro que os membro do Comitê estão atentos às perspectivas de inflação. Eles elevaram a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor amplo (IPCA) - índice usado como referência para a meta de inflação - para este ano e 2007. Porém, apesar da alta, o Comitê avalia que a inflação ficará dentro da meta nos dois períodos. O Copom não divulgou a nova estimativa. Em dezembro, a previsão era de que o IPCA fechasse este ano em 3,8% e, em 2007, em 3,6%. A meta de inflação é de 4,5%, com dois pontos porcentuais de oscilação para mais e para menos. O cenário que serviu de base para a projeção considera as hipóteses de manutenção da Selic em 18% ao ano e da taxa de câmbio em R$ 2,25. Mercado prevê inflação acima da meta A projeção do IPCA para 2006 no cenário apurado junto a investidores e analistas - que incorpora as trajetórias para a taxa de câmbio e a taxa básica de juros (Selic, atualmente em 17,25% ao ano) esperadas pelos analistas do setor privado - também apresentou elevação em comparação ao valor estimado em dezembro, permanecendo acima da meta. Um destaque é que, para 2007 no cenário de mercado, a projeção do IPCA permanece acima da meta de 4,50%, mas houve redução em relação a dezembro em virtude da menor depreciação cambial esperada pelos analistas ao longo do tempo.

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