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Copom define juro nesta semana; mercado espera Selic em 18%

Para janeiro de 2006, as estimativas de mercado divulgadas pela primeira vez ficaram em 17,50%. A projeção embute a previsão de queda de mais 0,50 ponto porcentual na primeira reunião do Copom no próximo ano.

Por Agencia Estado
Atualização:

Na semana em que acontece a última reunião mensal do Comitê de Política Monetária (Copom) deste ano, que reavaliara a Selic, a taxa básica de juros da economia, pesquisa do Banco Central aponta que as projeções de mercado para a taxa de juros no final deste mês ficaram estáveis em 18% ao ano. A expectativa, portanto, é por um corte de 0,5 ponto porcentual na taxa Selic, que está em 18,5% ao ano. As previsões de taxa média anual de juros para este ano também não se alteraram e prosseguiram em 19,15% pela 13º semana seguida. Para janeiro de 2006, as estimativas de mercado divulgadas pela primeira vez ficaram em 17,50%. A projeção embute a previsão de queda de mais 0,50 ponto porcentual na primeira reunião do Copom no próximo ano. Para o fim de 2006, as estimativas de juros caíram de 15,50% para 15,38%. Há quatro semanas, estas previsões estavam em 15,75% ao ano. As estimativas de taxa média de juros para o próximo ano seguiram a mesma tendência de queda e recuaram de 16,04% para 15,82%. Esta foi a quarta queda seguida destas previsões, que estavam em 16,42% há quatro semanas. Controle da inflação A política monetária no Brasil tem por finalidade o controle da inflação. Para manter os preços controlados, o BC usa o juro como ferramenta, já que ele inibe o consumo. Neste ano, a meta perseguida pelo BC é de 5,1%. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é usado como referência para a meta de inflação. Na última sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou que o IPCA de novembro ficou em 0,55% em novembro, ante 0,75% em outubro. O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas, que iam de 0,40% a 0,67,% e foi idêntico à média das previsões (0,55%). O IPCA acumulado no ano ultrapassou em novembro o objetivo da meta inflacionária perseguido pelo Banco Central para a inflação, de 5,1%. O índice registrou uma variação de 5,31% no acumulado de janeiro a novembro e uma taxa de 6,22% em 12 meses. O aumento dos juros reduz a atividade econômica e isso já tem sido percebido no resultado do Produto Interno Bruto (PB). No terceiro trimestre, houve queda de 1,2% na atividade econômica, o que prejudicará o desempenho do PIB no ano. As projeções de mercado para o crescimento do PIB neste ano caíram de 2,66% para 2,52% em pesquisa semanal do Banco Central. Esta foi a sexta queda seguida destas previsões, que estavam em 3,20% há quatro semanas. No relatório de inflação divulgado ao final de setembro, o BC esperava que o PIB tivesse neste ano uma expansão de 3,4%. Veja mais informações sobre a pesquisa do BC e o comportamento da inflação nos índices abaixo.

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