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Copom faz reunião informal hoje

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, informou que o Comitê de Política Monetária (Copom) fará ainda hoje uma reunião informal para fazer uma avaliação prévia dos mercados. Meirelles disse que a intenção do Banco Central é aumentar a duração da reunião para três dias. Quando questionado como funcionaria esse novo modelo de reunião, Meirelles afirmou que "isso vai ser publicado". A reunião formal do comitê começa amanhã e termina na quarta-feira, quando será decidido se os juros vão baixa ou não. Em discurso no Clube Americano, no Rio de Janeiro, ele afirmou que não iria passar mensagens nas entrelinhas sobre a decisão do Copom. Ele fez um apelo aos jornalistas que não encarassem o discurso como indicação sobre o que o comitê fará com a taxa Selic. Porém, quando questionado por repórteres se sentia pressionado por integrantes do governo a reduzir os juros , Meirelles disse que "o debate é saudável". Na palestra para empresários fluminenses, Meirelles falou sobre macroeconomia, inflação e quais seriam os rumos que o País deve tomar para adquirir crescimento. Ele disse a recente quedas no risco país "não foi causada por fatores subjetivos e sim por dados sólidos e mudança na avaliação das condições fundamentais da economia brasileira". Meirelles reiterou o compromisso do novo governo no combate à inflação e classificou a elevação dos preços como uma "ameaça, uma febre". O presidente do BC disse que o crescimento de um país só pode ser conseguido com patamar baixo de inflação. "A inflação baixa é uma pré-condição para o crescimento sustentável", disse. Ele citou modelos de outros países latino-americanos que conseguiram controlar a inflação ou alcançar um crescimento econômico significativo, como o Chile. Falando sobre as contas públicas, Meirelles disse ainda que é necessário aumentar a receita pública e não elevá-la por meio de processos inflacinonários. Sobre o orçamento e as contas do Brasil, ele informou a meta do País é que a relação dívida/PIB, atualmente 55,3%, possa chegar a 37% em oito anos. Porém, para todos esses requisitos de crescimento, Meirelles ressaltou que o combate à inflação é fundamental.

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