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Copom não prevê aumento de combustível, mas petróleo preocupa

Por Agencia Estado
Atualização:

A Ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na manhã desta quinta-feira pelo Banco Central, trabalha com a hipótese de que não ocorram novos reajustes internos dos preços dos combustíveis em 2005, em razão dos recentes ajustes promovidos pela Petrobras. Os diretores do BC apontam, ao contrário, que poderá haver espaço para redução dos preços ao longo do próximo ano, "caso venha a se materializar um cenário relativamente mais benigno para os preços do petróleo no mercado internacional do que o cenário básico de trabalho do Copom". Caso esse cenário se materialize, os diretores acenam com a possibilidade de redução da taxa básica de juros, a Selic. "O Copom tirará proveito máximo de eventuais choques favoráveis, como reduções não-antecipadas nos preços dos combustíveis, como oportunidade para reaproximar a inflação da trajetória de metas estipulada pelo CMN". Preço do petróleo De qualquer forma, o preço internacional do petróleo continua preocupando a autoridade monetária. A Ata do Copom cita a "tendência de redução" dos preços do petróleo no mercado internacional, que registraram recordes históricos em outubro, mas os diretores advertem que "os preços ainda continuam em níveis elevados". As previsões sobre a trajetória futura dos preços do petróleo "continuam marcadas por grande incerteza concentrada, no momento, nas dúvidas a respeito do alcance e da persistência da mudança recente de tendência". Ainda assim, com a reversão da alta dos últimos meses, os diretores destacam que o preço do petróleo passou a ser um "risco latente" e não mais uma "premissa básica" para estabelecer o cenário de projeção do Copom.

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