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Copom: política monetária deve atuar vigorosamente

Por FÁBIO GRANER E FERNANDO NAKAGAWA
Atualização:

A ata da reunião de julho do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na manhã de hoje, afirma que a política monetária do Banco Central "deve atuar, vigorosamente, enquanto o balanço de riscos para a dinâmica inflacionária assim o requerer". No encontro, realizado na semana passada, o Copom elevou a dose de aperto monetário da taxa básica de juros, a Selic, para 0,75 ponto porcentual, trazendo a taxa para o nível de 13% ao ano. A decisão surpreendeu parte do mercado, que esperava a manutenção do ritmo de elevação apresentado nas reuniões de abril e junho deste ano, de 0,50 ponto porcentual. Segundo o documento, essa atuação do BC pode acontecer por meio de ajuste da taxa básica de juros para reduzir o descompasso entre o ritmo de expansão da demanda e da oferta agregada. Essa atuação também evita, segundo o BC, que pressões originalmente isoladas sobre os índices de preço levem à deterioração persistente das expectativas de preços. O BC avalia ainda que a persistência do descompasso entre a demanda e a oferta "vêm exacerbando o risco para a dinâmica inflacionária". Na ata da reunião anterior, realizada em junho, a autoridade monetária dizia que esse descompasso tendia a exacerbar o risco para a dinâmica inflacionária. Os diretores do Copom também citam que diante dos sinais de aquecimento da economia e da rápida elevação das expectativas de inflação "são relevantes os riscos para a concretização de um cenário benigno, no qual o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) voltaria a evoluir de forma consistente com a trajetória das metas." O centro da meta da inflação para 2008 e 2009 é de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos porcentuais para baixo ou para cima, ou seja, em um intervalo entre 2,5% e 6,5%.

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