Copom reduz taxa básica de juros para 5% ao ano

Com a economia ainda em recuperação contida e a inflação sob controle, a expectativa majoritária do mercado financeiro era de que a Selic passasse por um novo corte

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Por Fabrício de Castro e Eduardo Rodrigues
2 min de leitura

BRASÍLIA – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, reduzir a Selic (a taxa básica da economia) de 5,50% para 5,00% ao ano. Este é o terceiro corte da taxa no atual ciclo, após período de 16 meses de estabilidade. Com isso, a Selic está agora em um novo piso da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996.

Com a economia ainda em recuperação contida e a inflação sob controle, a expectativa majoritária do mercado financeiro era de que a Selic passasse por um novo corte. De um total de 48 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, todas esperavam por um corte de 0,50 ponto, para 5,00% ao ano.

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Selic está agora em um novo piso da série histórica do Copom Foto: André Dusek / Estadão

No documento, o BC também atualizou suas projeções para a inflação. No cenário de mercado – que utiliza expectativas para câmbio e juros do mercado financeiro, compiladas no relatório Focus –, o BC alterou sua projeção para o IPCA em 2019 de 3,3% para 3,4%. No caso de 2020, a expectativa se manteve em 3,6%. 

O centro da meta de inflação perseguida pelo BC este ano é de 4,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4,00%, com margem de 1,5 ponto (de 2,5% a 5,5%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (2,25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (2,00 a 5,00%).

Juros reais

Embora a Selic esteja no menor patamar da história, o Brasil ainda está entre os países com as maiores taxas reais (descontada a inflação) do mundo. Levantamento do site MoneYou e da Infinity Asset mostra que o juro real do Brasil, de 1,65%, é o oitavo maior entre as 40 economias mais relevantes. No topo do ranking estão a Argentina (10,00%), que vive grave crise econômica, e o México (3,37%).

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