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Copom: tarifas puxam inflação

Por Agencia Estado
Atualização:

Ontem, o Copom - Comitê de Política Monetária - divulgou a ata da reunião da semana passada, na qual definiu a queda de um ponto porcentual da taxa de juros básica da economia Selic, com possibilidade de redução ainda maior nas próximas semanas. Uma das justificativas para essa redução surpreendente foram os baixos níveis de inflação este ano, que deverá ser de aproximadamente 6%. Veja quais serão os principais aumentos. Tarifas controladas Os preços administrados - aqueles controlados pelo governo - deverão ter neste ano um aumento médio de 12,2%. Esse valor é um ponto porcentual maior do que a estimativa de um reajuste médio de 11,2% previsto no relatório de inflação, divulgado em março deste ano. A ata ainda afirma que o reajuste de 12,2% terá efeito direto na inflação do ano, equivalente a 2,8%. Ainda segundo a ata, o aumento dos preços administrados ainda dará uma contribuição indireta de 1,8 ponto porcentual para o comportamento da inflação neste ano. Apesar disso, a ata ressalta que os reajustes das tarifas de energia elétrica e de telefonia já anunciados ficaram bastante próximos do esperado. Combustíveis Os preços dos combustíveis devem ser reajustados no segundo semestre a um percentual acima do previsto. Isso ocorrerá, de acordo com a ata, devido ao fato de ter ficado claro que o aumento nos preços internacionais do petróleo é persistente. Os preços ficaram muito acima do nível que se esperava após a reunião de março da Opep segundo o governo. Alimentos Surpreendeu a deflação de 0,9%, verificada no período de janeiro a maio, dos alimentos e bebidas. Supõe-se, porém, que no último trimestre deste ano, o aumento no preço desses itens deverá ser superior a 10%, taxa acima da inflação projetada para o IPCA nesse período. Desemprego A boa notícia é que a taxa de desemprego começou a recuar mesmo se descontando o crescimento da população economicamente ativa. Estão sendo criados novos postos de trabalho, mas ainda não se recuperou o índice anterior ao da crise.

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