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Correção: Vale estuda instalar pelotizadora na Malásia

Por Monica Ciarelli (Broadcast)
Atualização:

A nota enviada anteriormente contém um erro. As informações sobre o sistema de negociação dos preços de minério de ferro foram fornecidas pelo diretor executivo de ferrosos da Vale, José Carlos Martins e não pelo diretor de minerais ferrosos, José Roberto Martins. Segue a íntegra da nota correta. Rio, 13 - O diretor de minerais ferrosos da Vale, José Roberto Martins, disse hoje que a Vale tem interesse em instalar uma pelotizadora na Malásia. Em palestra realizada no 14º Congresso Mundial de Aço (14º World Steel Conference), promovido pela consultoria inglesa CRU, o executivo destacou que o mercado de pelotas tem um grande potencial de crescimento, tanto que a mineradora já estuda aumentar sua capacidade de produção de pelotas de minério de ferro na China, na empresa JV Zhuhai. A pelotizadora na China começou a produzir 1,2 milhão de toneladas de pelotas e a expectativa é triplicar essa produção no ano que vem. Além desses dois projetos, a Vale vai atingir em abril deste ano uma produção de 7,6 milhões de toneladas de pelotas no projeto Samarco e 7 milhões de toneladas em Itabirito (MG), além de 7,5 milhões de toneladas em Tubarão VIII em 2010 e 9 milhões de toneladas em Omã, no Oriente Médio, também em 2010. Segundo o executivo, o mercado de pelotas no Oriente Médio tem grande potencial, porque eles devem optar pelo ar do produto na região devido à grande disponibilidade de gás natural. Negociações O diretor executivo de ferrosos da Vale, José Carlos Martins, defendeu também o atual sistema de negociação dos preços de minério de ferro, que não inclui intermediários. Segundo ele, o diálogo direto entre fornecedores e clientes facilita o equilíbrio do mercado, evitando aumento das distorções de preços. "No minério de ferro não existe nenhuma empresa de negociação (trade), não existe intermediários neste mercado", afirmou o executivo. Nas últimas semanas, o mercado tem especulado que uma das dificuldades da mineradora brasileira em conseguir fechar a compra da anglo-suíça Xstrata seria exatamente a comercialização do minério de ferro. Segundo fontes, a Glencore, que é uma trade controladora da Xstrata, estaria insistindo para ficar com a comercialização do minério de ferro e outros produtos da Vale para fechar o negócio. "Acho que o sistema vai continuar funcionando bem", disse Martins. Ele citou como exemplo o modelo de precificação do barril do petróleo, no qual existe uma grande participação de intermediários financeiros no processo, o que contribui para a disparada nos preços do produto. "No mercado de petróleo, existem muitas áreas financeiras envolvidas, por isso o preço está subindo", disse.

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