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Corte de auxílio emergencial já afeta vendas em supermercados

Há redes que registram este mês queda superior a 5% no valor médio das compras ante o final de 2020

Foto do author Márcia De Chiara
Por Márcia De Chiara
Atualização:

A interrupção do pagamento do auxílio emergencial já bateu nas vendas dos supermercados neste início de ano. Em janeiro, a receita dos supermercados no Estado de São Paulo, o maior mercado do País, caiu 0,2% em relação a janeiro de 2020, segundo a Associação Paulista de Supermercados (Apas). Para fevereiro, a perspectiva é de queda real de 1% em relação ao mesmo mês do ano passado, prevê o economista da Apas, Thiago Berka.

A tributação do consumo com alíquota uniforme é muito superior ao uso de múltiplas alíquotas. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

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A ausência do auxílio emergencial nos dois primeiros meses do ano, somada ao cenário de desemprego alto e à base mais forte de comparação do início de 2020, contribuíram para o recuo dos números. Há redes que registram este mês queda superior a 5% no valor médio das compras ante o final de 2020.

Outro sintoma do aperto é o aumento da procura por marcas mais baratas e também a redução das vendas de produtos de indulgência, como chocolates, bombons e salgadinhos. “Esses itens, hoje, já não fazem o mesmo sucesso nas lojas que atendem às classes C, D e E”, diz Berka. 

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