A única forma de uma pessoa evitar muitos gastos com a CPMF é cortando etapas. Segundo Bueno, uma pessoa que está acostumada a dar e receber muito cheque pode evitar a CPMF usando cheque de terceiros, ou seja, não precisa depositar na própria conta para pagar a quem deve. Usa o cheque que recebeu e repassa para outra pessoa. "Em vez de pagar a CPMF ele corta uma etapa do processo." Outra dica é dada por Miguel Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Ele aconselha uma pessoa que aplica dinheiro em CDB, a investir em Renda Fixa. Isso porque o dinheiro permanece rendendo por tempo indeterminado. Já em CDB, o dinheiro retorna para o investidor e desta maneira ele terá de reaplicá-lo pagando novamente a CPMF. Para Antonio Carlos do Amaral, tributarista do escritório Rodrigues do Amaral, o aumento da CPMF vai prejudicar as pessoas de menor poder aquisitivo e as exportações. Segundo Amaral, os produtos brasileiros vão ficar mais caros e isso pode fazer com que eles tenham menos competitividade no mercado externo. O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti, também acredita que o aumento da CPMF vai ser prejudicial. "No médio prazo vai alterar as margens de lucro dos pequenos empresários." De acordo com ele, por conta desse aumento, em seis meses, a inadimplência vai aumentar. A população é quem já está contra a medida adotada pelo governo. De acordo com a advogada Andrea Porin, a carga tributária no País já é muito alta. "O imposto deveria ser único." Já o médico Luciano Moltinho, é mais radical na sua crítica: "Isso é um roubo."