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Cosan lucra R$13,7 mi no 1o tri de 07/08; Ebitda cai

Por ROBERTO SAMORA
Atualização:

A Cosan, maior produtora de açúcar e álcool do Brasil, anunciou nesta quinta-feira lucro líquido de 13,7 milhões de reais no seu primeiro trimestre fiscal de 2007/08, contra um lucro de 5,4 milhões de reais um ano antes. No quarto trimestre fiscal de 2006/07, o lucro líquido da empresa foi de 164,7 milhões de reais. Segundo comunicado da companhia ao mercado, a queda nos preços do açúcar e do álcool, devido a maiores safras de cana no Brasil e em outros produtores mundiais, como a Índia, teve impacto nos resultados. "A dramática queda nos preços das commodities açúcar e etanol, a relevante apreciação do real contra o dólar e as condições climáticas adversas do trimestre fizeram com que todo o setor sucroalcooleiro brasileiro fosse pesadamente afetado no início da safra 2007/2008", informou a empresa, ressaltando que a situação da Cosan "não foi diferente". Segundo o relatório, "os preços médios do açúcar e etanol no primeiro trimestre de 07/08 caíram 46 por cento e 29 por cento relativamente a igual trimestre do ano anterior". A Cosan informou ainda que a geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) totalizou 49,5 milhões de reais no trimestre de maio a julho, forte queda em relação aos 329,1 milhões de reais no mesmo intervalo do ano passado. "No período a companhia priorizou a comercialização do açúcar com 842,1 mil toneladas, em virtude da posição favorável de hedge existente." De acordo com o comunicado, no trimestre foram vendidos 245 milhões de litros de álcool. "Considerando-se que esse (álcool) é essencialmente um mercado a preços spot, a Cosan optou por uma maior estocagem, até como forma de mitigar o efeito maléfico ocasionado pelas vendas maciças praticadas pela maioria dos produtores de etanol." Ao final do primeiro trimestre fiscal, a Cosan registrou vendas líquidas de 591,7 milhões de reais, 37,3 por cento inferiores às registradas no mesmo período do ano 06/07. CHUVAS, DÓLAR A empresa apontou ainda que o "custo dos produtos vendidos acabou sendo fortemente prejudicado pela chuva intermitente atípica nesse início da safra, fazendo com que apenas 15,1 milhões de toneladas de cana fossem moídas, comparativamente aos 17,3 milhões de toneladas inicialmente planejados". Dessa forma, com a grande ociosidade gerada nas atividades agrícolas e industriais da companhia, o custo da cana foi elevado. Em função disso, juntamente com os preços deprimidos do açúcar e do álcool, "a margem Ebitda caiu para 8,4 por cento nesse primeiro trimestre de 2008, comparativamente aos 34,9 por cento de igual trimestre do ano anterior". Com relação à apreciação do real frente ao dólar, de 14 por cento no período, a empresa informou que isso penalizou significativamente as receitas de exportação no trimestre (embora parcialmente mitigadas pelo hedge de taxa de câmbio). "(Mas) tal apreciação acabou trazendo relevante ganho cambial sobre o endividamento em dólares, gerando receita financeira líquida de 150,8 milhões nesse primeiro trimestre de 2008."

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