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Costa conclama radiodifusor a divulgar a TV digital

Por MICHELLY TEIXEIRA
Atualização:

Considerado um parceiro pelos radiodifusores, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, jogou para o setor a responsabilidade de difundir o uso da TV digital pela população. Em abertura da Broadcast & Cable, feira da qual participa há três anos consecutivos, o ministro disse que não vê esforço do varejo e, principalmente, das emissoras na divulgação dessa tecnologia. "Faz pelo menos seis meses que não vejo uma propaganda mostrando o que faz a TV digital. Não estou vendo envolvimento dos radiodifusores para promover o seu produto", afirmou. Segundo Costa, o governo está fazendo sua parte ao tentar levar o padrão tecnológico japonês para os vizinhos da América do Sul, conversando com representantes da Argentina, Peru, Equador, Paraguai e Chile. Ele também observou que, até o fim do ano, metade das capitais brasileiras estará preparada para transmitir TV aberta terrestre na plataforma digital. A velocidade de adoção, disse, vai depender da capacidade de investimento e divulgação das emissoras. Como alerta ao setor de radiodifusão, Costa citou que em 2007 foram vendidos 10,5 milhões de computadores, acima dos 10 milhões de televisores comercializados no período. "Isso significa que pode estar havendo perda de telespectadores", afirmou. Mas comemorou o fato de 40% dos aparelhos de televisão vendidos serem de plasma ou LCD (tela de cristal líquido). Telefonia Durante o evento, em conversa com os jornalistas, o ministro voltou a dizer que a portabilidade numérica é um direito do consumidor e deve ser implantada no prazo estabelecido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O recurso, que permite preservar o número de telefone na troca da operadora de mesma área de prestação de serviço, está programado para começar a ser implantado em 1º de setembro. Em março de 2009, deve estar funcionando em todo o País. "Entendemos que alguns testes apresentaram problema, mas testes são assim mesmo." Questionado sobre as mudanças em andamento no Plano Geral de Outorgas (PGO), que permitirão a concretização da compra da Brasil Telecom pela Oi, Costa limitou-se a dizer que o decreto-lei atual "já cumpriu sua missão" e que cabe à Anatel fazer sugestões ao novo texto.

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