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Coutinho: meta é elevar investimentos a 21% do PIB

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Por Célia Froufe (Broadcast)
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O governo tem como meta elevar a taxa de investimentos medida pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) para 21% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010. A informação foi dada hoje pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, durante o Congresso da Indústria 2008, realizado hoje na capital paulista, pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Ao final de 2007, a FBCF representava 17,6% do PIB e, ao final do primeiro trimestre deste ano, subiu para 18,3%, segundo informou esta semana o IBGE. "Os números do PIB são eloqüentes. O objetivo é subir a FBCF para 21% do PIB e já estamos em curso", disse. De acordo com ele, a meta é assegurar que o ciclo de investimentos siga sustentável. Se o objetivo do governo for alcançado, a formação bruta representará R$ 620 bilhões, atingindo um crescimento anual de 11,3% de 2008 a 2010. Para esse mesmo ano, o governo tem como meta ampliar as exportações em 1,25%, o que, de acordo com Coutinho, representaria R$ 208,8 bilhões. O presidente do BNDES comentou que, pela avaliação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), as exportações não passam por um momento favorável agora, por causa do câmbio. "Não é um período estimulante, por isso mesmo é preciso mais esforço para aprofundar a eficiência e a competitividade das empresas porque se sabe que, no longo prazo, as coisas melhorarão", previu. Ele destacou que as companhias precisam se inovar para melhorar a produtividade, já que é este item que permite a melhoria dos salários sem que haja impacto sobre os custos das empresas. "É um esforço grande e governo e setor privado precisam dar as mãos", comentou. Na avaliação de Coutinho, as metas do governo para 2010 são simples, mas um dos obstáculos que se tem é o da qualificação de trabalhadores. "É preciso ajudar na formação desses funcionários", indicou. O presidente do BNDES salientou ainda as medidas fiscais e tributárias concedidas ao setor produtivo e a redução dos spreads de financiamento. "No passado os ciclos de investimentos estavam concentrados em poucos setores que eram favorecidos por preços relativos favoráveis de seus produtos no mercado internacional", analisou. "Essa observação não é mais verdadeira. O processo de investimento está generalizado e é importantíssimo que assim seja", continuou, acrescentando que tudo o que depender do governo será feito.

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