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Coutinho vê declínio em empréstimos do Tesouro a BNDES

Governo espera que o setor privado aumente a participação no crédito para projetos de infraestrutura

Foto do author Altamiro Silva Junior
Por Altamiro Silva Junior (Broadcast)
Atualização:

WASHINGTON - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou que a trajetória de empréstimos do Tesouro para a instituição é declinante e que a expectativa do governo brasileiro é de que o setor privado aumente a participação no crédito para projetos de infraestrutura de longo prazo.

"No período crítico, empréstimos para o BNDES foram uma solução para sustentar o investimento no Brasil, e a trajetória é declinante", disse a jornalistas nesta sexta-feira, 11. A questão agora é "em que velocidade o mercado responderá" e passe a financiar o investimento, acrescentou.Sobre o financiamento do BNDES, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou em um relatório esta semana que o Brasil precisa fazer reformas fiscais para reduzir a dívida pública. Um dos pontos de preocupação mencionados no documento é a estratégia do governo brasileiro de usar os bancos estatais para dar mais crédito e estimular o mercado de empréstimos.Coutinho afirmou que é preciso olhar todos os componentes que fizeram a dívida bruta do Brasil subir, entre eles o volume de operações compromissadas do Tesouro e BNDES. "O foco exclusivo em um componente falseia a discussão, porque o objetivo (do governo) é moderar o processo de suporte ao BNDES e a outros bancos públicos", afirmou.Fundos e LLX. Coutinho disse que as conversas do BNDES com fundos estrangeiros de longo prazo para investir no Brasil começam a produzir resultados. Uma prova disso, relatou, foi o investimento do fundo norte-americano EIG Management Company na LLX Logística.O fundo fará um aporte de R$ 1,3 bilhão na empresa, em uma subscrição privada na segunda-feira, 14. "Tem ocorrido entrada de fundos de pensão internacional para operações importantes e isso tem passado batido", declarou, ao ser questionado por jornalistas sobre o interesse de fundos estrangeiros no País neste momento de mudança do cenário econômico global.

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