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CPMF: sem prazo para acabar

A Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF) deve continuar a ser cobrada, no mínimo até o final de 2001. O governo admite que a reforma tributária não tem prazo para se concretizar.

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Desenvolvimento, Alcides Tápias, disse que a arrecadação da CPMF tem sido fundamental para garantir o equilíbrio das contas públicas. Segundo ele, a arrecadação com o tributo é de R$ 15 bilhões a R$ 17 bilhões. Ele afirmou que a CPMF deve continuar sendo cobrada até o final de 2001. Ele admitiu que o volume de negócios na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) é afetado pela cobrança da CPMF. Porém, ele declara que não é possível abrir mão da arrecadação do tributo. Segundo Tápias, o governo precisa do imposto até o ano que vem. "Depois disto não sabemos como vai ficar", acrescentou. Segundo Tápias, o País terá de escolher entre a volta dos gastos sem controle ou a manutenção da disciplina fiscal. O ministro, contudo, reconheceu ter esperança de que a CPMF deixe de existir futuramente. "Em dois anos poderemos ficar sem ela", afirmou. Reforma tributária após as eleições Tápias afirmou ainda que tem absoluta certeza de que a reforma tributária não acontecerá antes das eleições. "Não devemos ter ilusões, não conseguiremos fazer em meses ou até em um ano as reformas e arrecadações necessárias ao País", disse. O ministro frisou que deve se aproveitar este final de ano e até o ano inteiro pela frente para ver o que se pode fazer de melhor nas mudanças do sistema de arrecadação. "Isso inclui fazer simulações de redução de tributos num ambiente de crescimento econômico que nós esperamos", explicou.

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