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Crea vai multar empresa terceirizada pela Petrobrás

Norueguesa BW Offshore deverá pagar R$ 5.366 por falta de registro no Conselho de Engenharia do Espírito Santo

Por Mariana Sallowicz e Fernanda Nunes
Atualização:
A BW Offshore é dona do navio-plataforma (FPSO) Cidade de São Mateus, onde ocorreu uma explosão na semana passada que deixou seis mortos. Foto: Divulgação

Após reunião com representantes da BW Offshore nesta quinta-feira, o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Espírito Santo (Crea-ES), Helder Carnielli, disse que serão emitidos autos de infração contra a empresa e a PPB do Brasil Serviços Marítimos, que pertence ao grupo. A norueguesa será multada pela falta de registro na entidade em R$ 5.366,16, valor máximo aplicado pelo conselho. Já a penalidade para a PPB ainda não foi definida.

A BW Offshore é dona do navio-plataforma (FPSO) Cidade de São Mateus, onde ocorreu uma explosão na semana passada que deixou seis mortos. As buscas por três desaparecidos ainda continuam. A empresa foi contratada pela Petrobrás para operar o FPSO, instalado no litoral próximo a Aracruz (ES).

A PPB seria a responsável pela operação e, apesar de ter o registro no conselho, possui inconformidades. Segundo o Crea, "o valor das multas (da PPB) ainda não foi definido, pois depende da avaliação do número de funcionários que estavam em condição irregular e outros fatores".

Segundo Carnielli, as empresas se comprometeram a regularizar a situação na próxima semana. Procurada, a PPB disse que vai corrigir as inconformidades no prazo estabelecido. Entre as irregularidades apontadas estão a ausência da listagem do corpo técnico responsável por operar os serviços no navio e a não indicação de responsável técnico por serviço executado.

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Carnielli disse ainda ter feito outra reunião, com representantes da Petrobrás, na qual foi questionada a ausência da BW da relação de terceirizadas enviada ao Crea-ES. Procurada, a Petrobrás disse ter encaminhado ao Crea em 2012 a relação das empresas com unidades de produção offshore no Espírito Santo, incluindo a PPB, que pertence ao grupo BW, para que o conselho "pudesse tomar as medidas que julgasse adequadas para aferição e eventual regularização da documentação".

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