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Credit Suisse sofre US$5 bi com baixas contábeis, mas ação sobe

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Por Redação
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O Credit Suisse informou mais uma baixa contábeis, de 5,3 bilhões de francos suíços (5,26 bilhões de dólares), relacionada a crédito, mas, ao contrário do que ocorreu com rivais, clientes ricos mantiveram seus recursos no banco. Os mercados se estabilizaram em abril, mas o Credit Suisse não conta com uma melhora por enquanto, informou o banco nesta quinta-feira, e é difícil dizer se haverá novas baixas a serem registradas por conta de investimentos de risco maior. O fluxo de dinheiro para os negócios de administração de riquezas do Credit Suisse foi de 13,5 bilhões de francos suíços no primeiro trimestre, contrariando os temores de que os problemas em seu banco de investimentos atingiria também essa unidade. O Credit Suisse teve no primeiro trimestre um prejuízo de 2,1 bilhões de francos suíços, mas as ações da empresa subiam 2,28 por cento, já que os mercados se animaram com o fato do balanço não conter mais surpresas negativas. "Estamos vendo essas baixas contábeis, mas elas já estão precificadas", disse Andreas Venditti, analista do Zuercher Kantonalbank. O prejuízo trimestral, o primeiro em cinco anos, superou a previsão de analistas ouvidos pela Reuters de perda de 857 milhões de francos, mas a incerteza sobre a quantia das baixas contábeis dificultou a precisão das estimativas. O Credit Suisse informou ter reduzido sua exposição de risco em 41 por cento em finanças alavancadas e em 25 por cento em hipotecas comerciais. O banco não descartou mais baixas contábeis, dizendo que ainda possui exposições em seus livros. "É difícil prever se haverá mais baixa ou não", disse o presidente-executivo do banco, Brady Dougan. O banco já havia divulgado que registraria baixas de 1,7 bilhão de francos em derivativos no primeiro trimestre devido a um escândalo de fraude. Analistas previam mais baixas, variando entre 3 bilhões e 8 bilhões de dólares.

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