Uma recuperação sincronizada ao redor do globo está surgindo como resposta à recessão generalizada vista nos últimos trimestres, acreditam os especialistas do Credit Suisse. Diante dos sinais de retomada vindos de diversas áreas, eles acreditam que a economia mundial voltará a apresentar crescimento no segundo semestre.
A equipe liderada por Christel Aranda-Hassel nota que o índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) do Reino Unido ficou acima de 50 no mês passado, sugerindo que a recessão acabou no país. "Na zona do euro, o índice não está tão positivo ainda, mas seguem a mesma trajetória de recuperação em formato de ‘V’", anotam os analistas.
Na Alemanha, chamou a atenção a alta de 5% registradas nas novas encomendas no segundo trimestre - apesar de a queda de 0,1% na produção industrial em junho, ante maio, ter decepcionado alguns analistas.
Fora da Europa, o indicador de atividade ISM está novamente perto de 50 e a expectativa é a de que a produção melhore nos próximos meses. "São sinais encorajadores."
Mesmo com uma visão otimista sobre a recuperação, o Credit Suisse acredita que a leitura dos indicadores recentes exige alguma cautela, pois ficam menos confiáveis em situações extremas e podem gerar perspectivas exageradas de crescimento. Os especialistas lembram que não foi tudo que mudou para melhor. O mercado de trabalho europeu, por exemplo, ainda é uma preocupação.