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Crédito ao consumidor cresceu 1,5% em agosto

Segundo consultoria especializada, quase todos os segmentos de crédito ao consumidor apresentaram crescimento, confirmando a tendência de recuperação identificada em julho.

Por Agencia Estado
Atualização:

As instituições financeiras brasileiras concederam 1,5% mais empréstimos para pessoas físicas no mês de agosto (R$ 21,8 bilhões) em comparação com o mês de julho (R$ 21,5 bilhões), de acordo com o ICM - Índice de Crescimento Mensal da Partner, consultoria empresarial especializada em serviços financeiros ao consumidor, com base nos dados fornecidos pelo Banco Central. O sócio da Partner, Álvaro Musa, explica que os números apresentados pelo BC confirmam a expectativa de recuperação do mercado de crédito ao consumidor ."Já era esperado um volume de concessões maior em agosto em comparação com julho, devido a fatores como o fim das férias escolares e ao Dia dos Pais, que aquecem o comércio. O período mais difícil para este mercado é o meio do ano, e ele já foi ultrapassado. Agora a tendência é continuar crescendo nos próximos meses, seguindo o impulso de consumo do final de ano", afirma. O Índice de Crescimento Anual - ICA de agosto, calculado pela Partner, confirma esta tendência ao registrar uma recuperação: o índice de agosto (-2,5%) foi menos negativo do que o de julho (-3,4%) e projeta atingir patamares positivos nos meses futuros. "A evolução deste indicador é um bom sinalizador da tendência futura do mercado de crédito ao consumidor", explica Boanerges Ramos Freire, diretor da Partner. Na análise do desempenho das várias formas de concessão de crédito ao consumidor, o principal destaque do mês de agosto fica com o financiamento de veículos que saiu de um ICA negativo de -18,9% em julho para -16,9% em agosto. O Cheque Especial também apresentou reversão de tendência, caindo menos em agosto (-6,5% contra 8,6% negativos em julho). Já o Crédito Pessoal (-11,6%) e Aquisição de Bens-CDC (-12,6%) se destacaram pelo aumento do ritmo de queda dos índices. As hipóteses para explicar este pior desempenho são, de um lado, o quadro de incerteza econômica, aumento da taxa de juros e nível mais elevado da inadimplência dos consumidores em relação ao ano passado, o que leva a um maior rigor na concessão de crédito por parte das instituições. De outro lado, há também uma postura mais conservadora dos consumidores, que estão esperando as eleições e uma maior clareza no cenário econômico para tomar decisões de se endividar.

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