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Crédito ao trabalhador pode movimentar até R$ 110 bi

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse hoje que a liberação da concessão de empréstimos pelo sistema bancário com desconto na folha de pagamento de funcionários da iniciativa privada tem potencial para movimentar até R$ 110 bilhões em financiamentos. Esse é um cálculo que considera a hipótese de todos os empregados da iniciativa privada tomarem um empréstimo equivalente a 30% de seu salário por um prazo de 36 meses com juros mensais de 3%. Palocci deixou claro, entretanto, que os R$ 110 bilhões não são uma meta do governo, apenas um cálculo para mostrar o potencial máximo de concessão de crédito por meio da medida. Segundo o ministro, amanhã, as empresas, sindicatos e bancos já poderão iniciar as negociações para abertura de linhas de crédito específicas. Palocci disse que, se as empresas negociarem diretamente com os bancos, será necessário um aval do sindicato dos trabalhadores do respectivo setor. Os empréstimos serão limitados a 30% do valor do salário líquido de cada trabalhador - ou seja, descontados do salário os recolhimentos ao INSS, Imposto de Renda e outros descontos obrigatórios em folha. "O projeto pode estimular a formalização, e há também um potencial bastante grande para que esses empréstimos signifiquem uma redução dos spreads bancários", afirmou o ministro. Aposentados Ele explicou que a Medida Provisória que cria o programa de crédito bancário com consignação em folha de pagamento também autoriza o financiamento para os trabalhadores aposentados. No entanto, informou o ministro, o governo ainda está trabalhando para regulamentar o programa para os aposentados. Disse que, por ser um grande número de aposentados pelo INSS, a regulamentação é complexa.

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