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Crédito: crescimento supera expectativas

Segundo estudo do Banco BBVA Brasil, a taxa de crescimento no crédito às pessoas físicas poderá terminar o ano com um aumento de 45%. O volume de operações de crédito para empresas e pessoas físicas tende a se fortalecer.

Por Agencia Estado
Atualização:

O volume de operações de crédito para empresas e pessoas físicas entrou numa fase de recuperação que tende a se fortalecer nos próximos meses, caso a economia mantenha sua trajetória de crescimento. Um estudo elaborado pelo Banco BBVA Brasil revela que a maior taxa de crescimento ocorrerá no crédito às pessoas físicas, que poderá terminar o ano 2000 com um aumento de 45%. Para as empresas do setor privado, a projeção é de 16,7%, sendo 14% para a indústria. "A carteira livre dos bancos comerciais está apresentando um crescimento fortíssimo", observa Octavio de Barros, economista-chefe do BBVA. Nos últimos 12 meses, a média de crescimento foi de 34,5%, sendo 59% para pessoas físicas e 9,3% para jurídicas, sublinhou. Segundo dados do Banco Central (BC), no final de junho, a carteira de crédito total dos bancos totalizava R$ 298 bilhões. O diretor de finanças do Banco Sudameris, Rafael Cardoso, estima um aumento médio um pouco menor: entre 30% e 40% no crédito em geral, em todo o ano 2000. Ele acredita que, em 2001, o setor pode repetir a mesma taxa de crescimento desse ano, mas, para que isso ocorra, são necessárias algumas mudanças. Uma delas é a redução do recolhimento compulsório sobre os depósitos à vista, atualmente em 45%. Esse recolhimento é a porcentagem dos depósitos dos clientes que os bancos são obrigados a reter junto ao Banco Central, sem que possam emprestá-los. Cardoso acha que existe espaço para diminuir essa taxa em 10 pontos porcentuais. A morosidade na recuperação dos créditos concedidos a inadimplentes também preocupa.

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