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Crédito imobiliário da Caixa concedido até novembro é recorde

Banco liberou R$ 39,3 bi até novembro e atendeu 756 mil famílias, sendo 42% com renda de até 5 mínimos

Por Chiara Quintão e da Agência Estado
Atualização:

A Caixa Econômica Federal concedeu financiamento imobiliário de R$ 39,3 bilhões até 30 de novembro. O valor é recorde e supera em 93% o registrado no mesmo período do ano passado. Conforme a Caixa, 756,507 mil famílias foram atendidas, sendo 42% com renda de até cinco salários mínimos. A média de financiamento habitacional pelo banco é de R$ 69 mil. O crédito imobiliário com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) cresceu 46% na comparação com o mesmo período de 2008, para R$ 14,9 bilhões. O financiamento com recursos próprios da Caixa aumentou 119% para R$ 20,3 bilhões.

 

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A Caixa recebeu 2,763 mil propostas de financiamento de empreendimentos nos moldes do programa "Minha Casa, Minha Vida" até 30 de novembro. Segundo o banco, 322,3 mil são propostas para o público com renda de até três salários mínimos, 138 mil para o segmento de três a seis salários mínimos e 106,7 mil para a faixa de seis a dez salários mínimos. A Caixa reiterou que pretende contratar até o fim do ano todas as propostas que tenham a documentação completa.

 

As contratações do programa habitacional somam RS 11,7 bilhões. Foram fechados contratos para 176,379 mil residências, sendo 102,585 mil para a faixa de menor renda, 56,051 mil para o segmento de seis a dez salários mínimos e 17,743 mil para de seis a dez salários mínimos.

 

Segundo o vice-presidente de Governo do banco, Jorge Hereda, os financiamentos imobiliários com recursos da Caixa Econômica Federal devem superar RS 41 bilhões este ano. Não se trata de uma meta, de acordo com ele, mas de estimativa que considera a média de contratações de RS 150 milhões por dia e o valor já concedido até novembro.

 

A primeira meta anunciada pela Caixa para o crédito habitacional para este ano foi de RS 27 bilhões, revista para RS 30 bilhões e depois para RS 38 bilhões. No ano passado, as contratações de crédito imobiliário na Caixa chegaram ao valor recorde de RS 23,3 bilhões.

 

O aumento do limite do valor máximo do imóvel financiado com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para RS 500 mil também contribuiu para incentivar a demanda. "Não aumentamos juros nem reduzimos prazos. Mantivemos as condições e ofertamos mais recursos de poupança que o mínimo necessário", disse Hereda.

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São Paulo

 

Os financiamentos imobiliários pela Caixa Econômica Federal no Estado de São Paulo atingiram o valor recorde de R$ 10,030 bilhões de janeiro a novembro, o correspondente a 150,634 mil contratos. Do total, R$ 5,65 bilhões tiveram como fonte recursos da poupança, R$ 3,9 bilhões, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e R$ 405 milhões, de outros recursos. Em 2008, o crédito imobiliário concedido pela Caixa para o Estado somou R$ 6,54 bilhões.

 

Segundo o superintendente Regional da Caixa no Estado de São Paulo, Valter Nunes, do total de um milhão de unidades previsto no programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida", a cota do Estado é de "quase 184 mil". "Estão em tramitação na Caixa propostas de quase 104 mil unidades. Foram contratadas 30,794 mil unidades nos moldes do programa", disse.

 

Em setembro, foi fechada parceria entre a Caixa e a secretaria de Habitação do Estado de São Paulo. "De lá para cá, estamos negociando como seria a participação do estado no programa", contou. O representante da Caixa disse que o valor máximo financiado pela Caixa nas unidades para a faixa de até três salários mínimos de renda é de R$ 52 mil, mas que pode haver um aporte complementar por parte da Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU) no caso de esse teto ser ultrapassado.

 

Nunes destacou que terrenos do estoque da CDHU poderão ser utilizados e que o governo estadual tem reserva orçamentária inicial para o programa no valor de R$ 50 milhões. Há 1.900 unidades em análise destinadas ao segmento de menor renda, distribuídas em 13 empreendimentos. "Esperamos aprovar pelo menos alguns desses empreendimentos este ano", disse.

 

Texto atualizado às 16h13

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