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Crédito imobiliário passou de 6% do PIB para 7,5% em um ano

Segundo o Banco Central, o financiamento habitacional está crescendo a uma taxa de 35% nos últimos meses

Foto do author Célia Froufe
Por Célia Froufe (Broadcast), Eduardo Cucolo e da Agência Estado
Atualização:

BRASÍLIA - O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, informou que a participação do crédito imobiliário em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) passou de 6% em junho de 2012 para 7,5% em igual mês deste ano. "O financiamento imobiliário foi o destaque do mês", resumiu o técnico. De acordo com dados do Banco Central divulgados mais cedo, o financiamento imobiliário está crescendo a uma taxa de 35% nos últimos meses. Em junho, ficou em 35,4% no acumulado de 12 meses.

Ele lembrou que esse ritmo de crescimento já foi de 50%, mas que o dado tem mostrado moderação, até por conta do aumento da base de comparação. Maciel admitiu também, após ser questionado por jornalistas, que o aumento da fatia do crédito imobiliário em relação ao PIB ocorreu porque o crescimento está menor. Isso é fácil de comprovar, de acordo com ele, justamente porque o ritmo de crescimento dos empréstimos imobiliários tem sido justamente de cerca de 35%. "Então, o PIB nominal é bem menor do que isso." Maciel afirmou que os dados do crédito no primeiro semestre de 2013 mostram moderação no segmento com taxas livres e desempenho mais forte no direcionado, com destaque para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e para habitação. O estoque do crédito livre desacelerou de 14% de expansão no fechamento de 2012 para 9,7% nos 12 meses encerrados em junho de 2013. Na mesma comparação, a expansão do direcionado passou de 20,5% para 26,6%. Em relação às empresas, a linha capital de giro, que representa cerca de 50% das operações, desacelerou de 18% para 11% no mesmo período. Maciel disse ainda que os efeitos das manifestações nas ruas em junho "não se fizeram perceber" nos dados do crédito. Disse que o recuo nas concessões médias diárias (-3,4% em relação a maio), por exemplo, não pode ser atribuído a isso, pois esse é um dado muito volátil e que não apresenta tendência sazonal definida para este mês do ano. "Não há nada que se possa dizer de que junho caiu por conta de manifestações." Investimento. Maciel também destacou que está em curso uma ampliação do financiamento para investimento. Ele fez esta afirmação ao comentar a alta de 1,9% do financiamento dos investimentos concedido pelo BNDES, atingindo a marca de R$ 447,026 bilhões. O crédito do sistema financeiro com recursos direcionados para pessoas jurídicas aumentou 2,6% no período, passando para R$ 643,719 bilhões. "Há, de fato, em curso a ampliação do financiamento para investimento", constatou. Questionado a respeito da queda dos desembolsos, que registraram um recuo mensal de 13,6% em junho, ele citou que, no final do ano passado, o resultado foi bastante expressivo e que, portanto, a base de comparação é alta. "Mas o estoque de empréstimos está crescendo 17,2%", considerou em relação ao dado acumulado nos últimos 12 meses encerrados em junho. "Este é um indicador mais robusto."

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