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Crédito: juros mais baixos para investidores

Instituições oferecem crédito por taxas menores para investidores. Recursos são obtidos mediante entrega de ações e outros títulos como garantia.

Por Agencia Estado
Atualização:

É comum o investidor encontrar nova e boa oportunidade para aplicar o dinheiro ou ser surpreendido por gastos não previstos. Mas, dependendo do produto em que o dinheiro esteja ancorado, será preciso passar por cima de carências, com perda de rendimento, se houver saque. Foi pensando nisso que algumas instituições passaram a ofertar crédito com juros menores para esses clientes. O custo menor reflete o risco de inadimplência mais baixo, pois o cliente tem os recursos para quitar a dívida, explica Miguel José Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). O limite do empréstimo varia de acordo com o valor investido ou dado em garantia, no caso de corretoras. O Unibanco oferece o cheque especial do investidor, um crédito pré-aprovado de 90% do valor investido, com taxa de 1,60% ao mês. O Banco 1 também trabalha com um produto de mesmas características do Unibanco. A corretora Souza Barros empresta dinheiro por uma taxa de 2,5% ao mês mediante entrega de ações (apenas as pertencentes ao Índice Bovespa), CDBs, títulos públicos e certificados em ouro como garantia. A quantia liberada corresponde a 70% do valor dos papéis entregues. Angelo Larozi, analista de Investimentos da corretora, diz que, se vender os papéis para fazer caixa e quiser recomprá-los mais à frente, quando tiver dinheiro, o investidor correrá o risco de bancar preço mais elevado e ficar sem a remuneração dos títulos no período. As taxas são inferiores às cobradas pelos bancos, as quais chegam a 11,40% ao mês. Ainda assim, Oliveira, da Anefac, diz que o juro exigido não é tão baixo que seja mais interessante manter intocado o investimento. "O empréstimo só vale em prazos curtíssimos e quando o aplicador terá de pagar CPMF e IOF para movimentar os recursos." Não é vantagem para prazos mais longos, diz Oliveira. Ele explica que, se fizer resgate parcial, o investidor perderá remuneração sobre uma parte do valor investido; o juro do empréstimo será cobrado sobre o valor total obtido no financiamento

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