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Crédito para custeio recua 0,9% de julho a outubro

Por Venilson Ferreira
Atualização:

A liberação dos recursos para custeio e comercialização previstos no Plano de Safra 2011/2012 recuou 0,9% no período de julho a outubro em relação ao mesmo período do ano passado, quando atingiu R$ 29,747 bilhões. Os dados divulgados hoje pelo Ministério da Agricultura mostram liberação de R$ 29,467 bilhões nos três primeiros meses da safra atual. Já o crédito para investimento cresceu 7% ante os R$ 4,367 bilhões do ano passado, atingindo R$ 4,673 bilhões.Segundo o Ministério da Agricultura, a maior parte dos recursos liberados para custeio e comercialização corresponde à obrigatoriedade de aplicação no crédito rural de parcela dos depósitos à vista dos bancos. Os recursos obrigatórios liberados entre julho e outubro somaram R$ 20,357 bilhões. O valor corresponde a 50,9% do previsto para esta safra e ficou 19% acima do liberado em igual período do ano passado.No caso do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), houve aumento de 2,5% na liberação total de recursos destinados a custeio e comercialização, que atingiu R$ 1,094 bilhão. O principal agente financeiro foi o Banco do Brasil, que liberou R$ 1,557 bilhão, valor 20,4% acima do registrado em igual período do ano passado. Ainda não houve registro de liberação no Pronamp de parte dos R$ 2 bilhões previstos dos recursos obrigatórios.Os recursos da poupança rural aplicados em custeio e comercialização nos três primeiros meses desta safra somaram R$ 2,391 bilhões, valor 44% abaixo dos R$ 4,273 bilhões liberados em igual período do ano passado. As liberações de recursos do Fundo de Defesa da Cafeicultura (Funcafé) para custeio e comercialização totalizaram R$ 668,2 milhões, com recuo de 31,9% em relação aos R$ 981,2 milhões liberados de julho a outubro do ano passado. Também houve uma queda de 24,1% no repasse dos recursos dos constitucionais, que passou de R$ 832 milhões nos primeiros três meses da safra passada para R$ 631,3 milhões neste ano.No crédito de investimento a principal fonte de recursos até agora é a obrigatoriedade sobre os depósitos à vista dos bancos. As aplicações somaram R$ 1,666 bilhão de julho a outubro deste ano, valor 0,8% superior a igual período do ano passado. As liberações de recursos dos fundos constitucionais somaram R$ 1,110 bilhão e tiveram crescimento de 37,1%. A planilha mostra recuo de 31,5% nas liberações do BNDES, que atingiram R$ 863,5 milhões. Na linha especial do BNDES, a juros controlados de 6,5% ao ano, para financiar bens de capital, foram liberados até agora R$ 2,074 bilhões, valor 1,1% acima do registrado em igual período do ano passado.O programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABCE), um dos principais destaques no atual Plano de Safra, ainda continua com baixo volume de operações. O programa conta com juros de 5,5% ao ano para financiar práticas sustentáveis, como recuperação de pastagens e integração lavoura-pecuária. Segundo o levantamento, de julho a outubro foram liberados R$ 107,2 milhões, valor 19,4% acima do registrado em igual período do ano passado, mas apenas 3,4% do montante de R$ 3,150 bilhões disponibilizados nesta safra. O Pronamp, outra aposta do governo, para proporcionar competitividade à classe média rural, apresentou expansão de 78,5% nas liberações para investimento, que atingiram R$ 692,1 milhões.

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