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Crédito: perspectivas de bancos e financeiras

O aumento do custo de captação de recursos pode provocar uma alta dos juros ao consumidor. Em relação aos prazos mais longos, o risco de inadimplência pode provocar uma reducação na duração das operações de crédito.

Por Agencia Estado
Atualização:

Entre as financeiras, a possibilidade de alta nos juros e diminuição dos prazos já é uma possibilidade em análise. Na Losango - empresa de financiamento do grupo Lloyds - a taxa média para o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) está em 7,4% ao mês e o prazo em 15 meses. No empréstimo pessoal, os juros estão em 10,78% ao mês, em média, e o prazo das operações varia entre 1 a 12 meses. Segundo o diretor de operações da empresa, Manoel Vieira, uma alteração nos juros vai depender do custo de captação dos recursos. "Se subir, poderá haver aumento", avalia. Em relação a uma mudança no prazo, a perspectiva do diretor da Losango é que, caso as taxas de juros de fato tenham uma elevação, deverá ocorrer também uma diminuição do prazo. "As operações de 15 meses podem ser extintas e o prazo de 12 meses passaria a ser o máximo", explica. Bancos de montadoras Os bancos de montadoras também poderão elevar as taxas de suas operações, caso os juros no mercado permaneçam nos patamares mais elevados. Segundo Ricardo Pezati, coordenador de vendas e marketing do Banco Ford, se uma instituição subir a taxa, todos os outros devem seguir o movimento. "Mas, primeiramente, vamos passar por um período de análise sobre a tendência para os juros", avalia. A expectativa de Marcos Moreira, do Banco Fiat, é que as taxas do curto prazo sejam alteradas em função da instabilidade provocada por fatores externos - Argentina e Estados Unidos. Sobre a inadimplência, que poderia provocar uma diminuição dos prazos, Moreira afirma que os números mais recentes ainda não assustam. Bancos As taxas de juros cobradas pelos bancos consultados - Bradesco, HSBC, Itaú e Sudameris - estão estáveis há, pelo menos, seis meses. Em relação às perspectivas de alterações nas taxas e prazos, os executivos dos bancos também aguardam pela formação de uma tendência para os juros no mercado e há a possibilidade de elevação das taxas, caso os juros continuem em patamares elevados no mercado futuro. Exemplo disso é o Sudameris. Há 18 meses a instituição mantém suas taxas nos níveis atuais. De acordo com Roberto Potenza, gerente de produtos do banco, uma elevação nas operações de financiamento de automóveis é uma possibilidade mais remota, já que a concorrência com os bancos de montadoras é muito grande, inibindo uma elevação das taxas. Já, nas operações de crédito pessoal, principalmente as de longo prazo, a alta dos juros pode chegar a um ponto porcentual. "No caso das operações de curto prazo, a carteira com os recursos já está formada e, por isso, as taxas nessas operações não devem subir", avalia. Veja no link abaixo as tabelas completas com as taxas de juros parabancos, financeiras e bancos de montadoras.

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