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Credores aprovam plano de recuperação financeira da Varig

Por Agencia Estado
Atualização:

Os credores da Varig aprovaram hoje o plano de recuperação financeira e operacional da companhia, apresentado hoje durante assembléia. A estratégia foi aprovada apesar de o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter decidido manter a liminar que suspendia a realização da reunião. Pouco antes de ser anunciado o resultado da votação, chegou à assembléia um ofício do Tribunal Regional do Trabalho que determinou a abstenção do Sindicato Nacional dos Aeroviários em qualquer decisão sobre o assunto. O não cumprimento da determinação implicaria em multa de R$ 10 mil por dia ao sindicato. O plano, apresentado pelo presidente da Varig, Marcelo Bottini, prevê a conversão de créditos em quatro Fundos de Investimento e Participação (FIP). Com isso, a Varig passará a ser controlada pelo gestor desses fundos, para o qual serão transferidas todas as ações das devedoras. O administrador desse fundo será um banco de primeira linha, escolhido por unanimidade pelas três classes de credores. O projeto apresentado hoje trabalha com um enxugamento da frota de 75 para 63 aeronaves, no primeiro semestre, e de 69 nos últimos seis meses de 2006. Na prática, isso vai representar um aumento da frota em operação, uma vez que hoje 15 aeronaves estão paradas por falta de recursos para manutenção. O plano trabalha com a concessão de uma moratória de 36 meses para todos os credores, fora os trabalhadores aeroviários. Estes terão suas dívidas quitadas em 12 meses. Os credores com garantias reais serão pagos em sete anos e aqueles sem garantias, em 10 anos. Fica de fora o fundo de pensão Aerus. O plano prevê ainda uma recuperação da margem operacional da empresa. Em 2005, a Varig amarga uma margem negativa de 4,6%, mas espera chegar a 2010 com um desempenho positivo de 8,6%. Para o próximo ano, a expectativa já é de uma margem operacional de 3,7%. O presidente acredita que o plano permitirá à Varig obter uma sobra de caixa de R$ 4 milhões em 2006, de R$ 58 milhões em 2007 e R$ 70 milhões em 2008.

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