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Credores da Varig adiam assembléia por falta de quórum

O Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) não compareceu ao evento. A nova data foi definida para o dia 5 de abril

Por Agencia Estado
Atualização:

A assembléia de credores da Varig, que escolheria nesta quarta-feira o gestor do principal instrumento de reestruturação da companhia, o Fundo de Investimentos em Participações (FIP) - Controle, foi adiada para o dia 5 de abril. O motivo foi a falta de quórum entre os credores trabalhistas, porque o Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) não compareceu ao evento. A assembléia só poderia ser realizada com a presença de pelo menos 50% de cada classe de credores. Esta presença é contada de acordo com o valor dos créditos que cada classe tem na companhia. Segundo informativo publicado pelo TGV, os funcionários não compareceram por que discordam da aprovação do texto final do plano de recuperação da Varig, ocorrida em assembléia do dia 23 e fevereiro. Os trabalhadores sustentam ter havido modificações, o que não está previsto na Nova Lei de Falências. Eles moveram processo na Justiça para contestar a aprovação do plano. Reviravolta O processo de escolha do gestor e do administrador do FIP Controle sofreu uma reviravolta na noite da última terça-feira. O presidente da Varig, Marcelo Bottini, escolheu o banco de investimentos Brascan para ser o administrador do fundo. A instituição criará o FIP Controle, que agrupará as ações das empresas em recuperação judicial (Varig, Rio Sul e Nordeste). O Brascan também administrará o passivo do FIP controle (cotas que serão negociadas entre credores e investidores). Gestão Com essa escolha, torna-se mais provável que o banco também seja escolhido como o gestor do FIP controle, em vez do banco Mellon, como os principais credores da companhia desejavam. O gestor trabalhará paralelamente ao administrador do FIP controle. Sua função será a de gerir seus ativos. A escolha pelo Brascan como gestor e administrador é mais provável que aconteça por causa da remuneração. Recebimento Segundo o sócio-diretor da ASM, consultoria responsável pela elaboração do texto jurídico do plano de reestruturação da Varig, Antonio Luis de Mello e Souza, o Brascan receberá, por ano, 0,45% do patrimônio líquido do FIP Controle. Caso ele seja escolhido também como o gestor do fundo, sua remuneração como administrador teria um desconto e diminuiria para 0,35%. Se for o gestor, seu rendimento nessa função seria de 0,10% sobre o patrimônio líquido do fundo, empatando os custos. Caso outro banco fosse escolhido, a Varig teria de arcar com os custos do administrativos mais o de uma nova instituição, o que encareceria os custos para se manter duas instituições: uma para ser a administradora e outra para ser a gestora do FIP Controle. Este texto foi atualizado às 12h04.

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