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Credores da Varig reiniciam assembléia

O presidente da companhia aérea, Marcelo Bottini, iniciou a segunda parte da reunião explicando as mudanças que serão necessárias no plano de recuperação da Varig para se adaptar à proposta de US$ 500 milhões feita pela VarigLog

Por Agencia Estado
Atualização:

Foi reaberta por volta das 15 horas a assembléia de credores da Varig, suspensa pela manhã. O presidente da companhia aérea, Marcelo Bottini, iniciou a segunda parte da reunião explicando as mudanças que serão necessárias no plano de recuperação da Varig para se adaptar à proposta de US$ 500 milhões feita pela VarigLog. Se aprovadas pelos credores as mudanças, a Varig será levada à leilão na próxima quarta-feira. Não é possível antecipar qual será a votação dos credores. Na prática, a conta que os credores farão é se receberão mais - ou perderão menos - aceitando a proposta da VarigLog ou deixando a empresa falir, salvo o aparecimento de nova proposta. "Recuperar (os créditos integralmente) a essa altura não é mais possível", diz um grande credor. Especula-se que credores estatais e o Aerus poderiam votar a favor da proposta, enquanto empresas de aluguel de jatos tenderiam a se abster. As informações são de que a nova Varig começaria com 15 jatos e entre 1,5 mil e 2 mil empregados - a Varig hoje tem 10 mil funcionários. Existe a perspectiva de a nova empresa chegar ao fim de 2007 com 70 jatos. Os sindicatos pleiteiam que as demais empresas aéreas dêem prioridade na contratação de ex-funcionários da Varig. Segundo dois grandes credores privados, ficou definido nos últimos dias que os próprios credores da companhia aérea deverão eleger, numa futura assembléia, o gestor judicial que comandará a Varig antiga, empresa que continuará existindo e permanecerá em recuperação judicial quando a nova Varig for vendida. O afastamento da Fundação Ruben Berta (FRB) do comando da antiga Varig era uma das maiores preocupações dos credores nos últimos dias. A fundação detém 87% das ações da Varig e teve os poderes políticos e administrativos sobre a empresa suspensos pela Justiça. Enquanto a Varig velha herdará o endividamento, a nova Varig, que irá a leilão, não terá dívidas e ficará com a maior parte da operação. Outro assunto discutido nos últimos dias foi a forma como será feita a partilha dos recursos que entrarão na empresa com a venda. A proposta da VarigLog prevê, além de duas emissões de debêntures (títulos privados), que a velha Varig receberá pelo aluguel de dois jatos, centro de treinamento, alguns imóveis, recursos potenciais de ações judiciais contra a União e relativo ao ICMS, e terá a concessão do vôo São Paulo/Porto Seguro.

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