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Cresce 13,4% o emprego feminino em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

O emprego feminino no Estado cresceu 13,4% entre 1989 e 2000, o que significou a criação de 361 mil postos de trabalho, segundo o estudo "O Emprego Feminino no Estado de São Paulo na Década de 90: O Tradicional e o Novo nos Espaços Ocupacionais" divulgado hoje pela Fundação Seade. Com isso, o total de mulheres empregadas no Estado passou de 2.693.632 para 3.054.635. A base de dados da pesquisa é a Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Os novos postos de trabalho feminino foram ocupados principalmente por mulheres de pelo menos 40 anos e pelas de maior grau de escolaridade. O crescimento do emprego formal feminino se deu pela ampliação de 179 mil vagas nos serviços de limpeza e de 147 mil nos serviços administrativos, o que mostra, segundo o estudo, que a estrutura de ocupação não teve alterações significativas nos 11 anos estudados. O grupo de ocupação de maior peso em 2000 continuava sendo o de trabalhadoras nos serviços administrativos, com 31% do total (29,7% em 1989). Esse grupo passou a ser ocupado majoritariamente por mulheres, com 54,2% do total (47,4% em 89). O outro grupo mais importante era o de trabalhadoras nos serviços de limpeza e outros, com 15,7% do total em 89 e 19,7% em 2000. Neste grupo, as ocupações em limpeza tiveram aumento de 65 mil empregos e as de atendentes de enfermagem, outros 48 mil empregos. O grupo de professores, profissionais da comunicação e advogados, segmento em que as mulheres continuam majoritárias (74,0%), registrou ampliação de 134 mil empregos para as mulheres. Este número foi superior aos 17 mil postos criados entre os homens, especialmente devido à contratação de professoras, destacando-se as que atuam no ensino fundamental (50 mil), no pré-escolar (23 mil) e no ensino médio (25 mil), segmento em que as mulheres representavam 72,8% do total de professores, em 2000. Homens No mesmo período, caiu a ocupação masculina em 9,8%, com o fechamento de 545 mil vagas, a maioria entre os mais jovens e os de menor escolaridade. O total de empregados homens caiu de 5.539.658 em 89 para 4.994.897 em 2000. Entre os homens, o grupo mais representativo ainda é o de trabalhadores na indústria, apesar da queda de 47,6% em 89 para 41,7% em 2000. O grupo de trabalhadores nos serviços administrativos se manteve estável em 16% e os de limpeza e outros aumentou de 9% para 14,2%.

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