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Cresce visão de que Previdência será mais diluída, diz Morgan Stanley

Para os ativos brasileiros, a visão predominante é de que o Ibovespa deve terminar o ano na casa dos 105 mil pontos

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Por Altamiro Silva Junior (Broadcast)
Atualização:

O banco norte-americano Morgan Stanley fez pesquisa com clientes e constatou que 95% deles acreditam na aprovação da reforma da Previdência este ano. Mas aumentou a avaliação de que o texto deve ser mais desidratado em sua tramitação no Congresso, com a economia fiscal devendo ficar em R$ 620 bilhões, ante R$ 690 bilhões esperados na pesquisa feita em fevereiro. Para os ativos brasileiros, a visão predominante é de que o Ibovespa deve terminar o ano na casa dos 105 mil pontos, o dólar em R$ 3,85 e o Credit Default Swap (CDS) de 5 anos ao redor de 160 pontos. Nos juros futuros, a previsão para a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2024 fique em 8,25% em dezembro.

A pesquisa do banco norte-americano Morgan Stanley mostra que 95% dos gestores acreditam na aprovação da reforma da Previdência este ano Foto: Reuters

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Os gestores em sua maioria (53%) acreditam que a Câmara deve votar a reforma em agosto ou setembro, destaca a pesquisa. Só 5% dos entrevistados acham que o texto seja votado em junho pelos deputados, como vem declarando o governo. "O governo brasileiro tem que entregar a reforma da Previdência", destaca o relatório do Morgan Stanley ao falar da perspectiva para os ativos brasileiros. A pesquisa ouviu 125 clientes, entre investidores brasileiros (45%) e estrangeiros (55%).

Dólar e bolsa

Para o câmbio, a visão dos investidores é que a moeda americana deve ficar entre R$ 3,80 e R$ 4,00 ao final do ano, contando que seja aprovada uma reforma com economia fiscal entre R$ 400 bilhões e R$ 800 bilhões. Poucos acreditam em dólar a R$ 3,60. O Morgan Stanley nota que em um cenário sem aprovação da reforma, o dólar poderia bater em R$ 4,20, de acordo com os entrevistados. Na Bolsa, um cenário sem reforma poderia fazer o Ibovespa cair a 76 mil pontos. Já com a aprovação de um texto com impacto fiscal de R$ 600 bilhões a R$ 800 bilhões, o índice poderia ir a 108 mil pontos. Nos juros futuros, a previsão é de taxas de 9,13% no cenário sem aprovação do texto, considerando o DI para 2024.

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