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CRF detecta aumento de 53,85% em remédios

Pesquisa do Conselho Regional de Farmácia contraria informação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e aponta cerca de 3 mil medicamentos com aumentos de até 53,85%.

Por Agencia Estado
Atualização:

Contrariando dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pesquisa realizada pelo Conselho Regional de Farmácia (CRF) do Distrito Federal do Instituto de Defesa do Usuário de Medicamentos aponta aumentos de até 53,85% em cerca de 3 mil medicamentos em janeiro. Segundo o CRF, a pesquisa cruzou os dados da edição de fevereiro da Revista ABCFARMA, principal publicação do setor farmacêutico, com a edição também de fevereiro da Revista KAIROS e com disquetes das distribuidores, além de ter verificado também os preços que estão sendo praticados nas farmácias. De acordo com a Anvisa, dos 224 laboratórios que entregaram os relatórios com reajustes de seus medicamentos, 103 aumentaram os preços em média de 2,27% entre agosto de 1999 e novembro de 2000. Segundo Medida Provisória, o porcentual máximo de reajuste dos medicamentos é de 4,4% e deve ser comunicado e aprovado pela Câmara de Medicamentos, cuja Secretaria Executiva está subordinada ao Ministério da Saúde. Segundo a Agência, apenas 13 laboratórios apresentaram aumentos acima do permitido. São eles: Araújo Penna, Baxter, Farmacy, Fresenius, Fexon, JP, Belém Jardim, Canonne, Fautt Oliveira, Enila, Gendala, Odaly Soares e Teuto. Já a pesquisa do CRF aponta que 40 laboratórios praticaram aumentos superiores a 5,94%. Entre os medicamentos com aumento abusivo indicados pela CRF estão o Colírio Lerin - Lab. Allergan (6,01%), o soro Pedyalite - Lab. Abbott (6,02%), o corticóide Predinisona - Lab. Sanval (6,03%), o complexo vitamínico Minervit Plus - Lab. Viternat (23,96%), o antiespasmódico Disbuspan - Lab. Prodotti (53,85%). A pesquisa do CRF também detectou aumentos 87 itens de genéricos, com variações de 2,15% (Cloridrato de Verapamil - Lab. BASF) até 6,01 % (Amoxicilina - Lab. Eurofarma).

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