O governo federal anunciou nesta sexta-feira um programa habitacional voltado para famílias pobres das regiões metropolitanas e para as cidades com população superior a 250 mil habitantes. O Programa Especial de Habitação Popular (PEHP) vai subsidiar, inclusive a fundo perdido, a moradia de famílias com renda de até três salários mínimos. Ele permite também a compra de lotes urbanizados e material de construção. Segundo o Ministério das Cidades, o programa terá R$ 50 milhões neste ano, o suficiente para construir ou reformar oito mil moradias. Para o ano que vem estão previstos R$ 350 milhões. O dinheiro virá de verbas remanescentes dos extintos fundos de Desenvolvimento Social e de Assistência Social e da Caixa Econômica Federal. De acordo com o secretário de habitação do Ministério das Cidades, Jorge Hereda, o PEHP vem preencher uma lacuna entre os programas habitacionais mais caros e o Programa de Subsídio à Habitação (PSH), que tem regras parecidas e também atende a classe de renda baixa, mas apenas em cidades de pequeno e médio porte. Como nessas localidades o custo do terreno e da habitação é mais caro, o PEHP é mais flexível, disse Hereda. Dependendo do grau de pobreza do beneficiário, o subsídio poderá ser integral. Para ampliar a oferta de moradia para os pobres, o governo também determinou que uma comissão interministerial faça um levantamento dos prédios federais ociosos para saber quais podem ser aproveitados ou reformados para habitação.