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Cripto invade a renda fixa

Moeda digital lastreada em ativos tradicionais gera tendência

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Por Redação
Atualização:
Getty Images 

Uma nova tendência começa a chegar ao mercado brasileiro de moedas digitais. É possível ter rentabilidades atrativas em operações com criptomoedas de estruturas similares às usadas em renda fixa. A Bitso, plataforma de criptomoedas, lançou no primeiro semestre deste ano a funcionalidade que oferece rendimentos em bitcoins e stablecoins USD. “Uma característica do investidor brasileiro é que ele adora a renda fixa e as stablecoins são uma boa forma de diversificação”, disse Thales Freitas, CEO da Bitso Brasil. É importante destacar que stablecoins são moedas digitais lastreadas em ativos tradicionais, como o dólar e, por isso, consideradas menos voláteis.

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O recurso, chamado Bitso+, permite que clientes atuais e novos ganhem até 8% por ano em stablecoins USD em sua carteira Bitso e até 5% por ano em seus bitcoins, sem nenhuma cobrança de taxa extra, fidelização ou configuração avançada.

O cenário de inflação alta, que acomete a economia mundial, torna o novo recurso ainda mais atraente para aumentar o patrimônio em criptomoedas. O executivo explica que para conquistar retorno financeiro o cliente só precisa manter suas criptomoedas na carteira. O saldo de bitcoin e stablecoins USD dos clientes na Bitso vai gerar rendimentos, que serão creditados em suas contas a cada semana. É possível sacar ou converter as criptomoedas a qualquer momento, sem taxas extras nem espera.

“O Brasil tem uma das populações mais entusiasmadas do mundo com novas tecnologias e um potencial enorme para aproveitar os criptoativos como reserva de valor e nas transações diárias”, comenta Freitas. “Fico muito feliz em lançar Bitso+ aqui no País, pois servirá como importante porta de entrada para muitos novos usuários ao universo cripto, que poderão usar serviços financeiros mais inclusivos e com segurança. Isso abre um mundo de possibilidades a milhões de brasileiros que hoje não têm acesso aos serviços financeiros tradicionais”, complementa.

De acordo com o executivo, a companhia apresentou forte crescimento no volume de transações nos últimos meses, mesmo com o chamado “inverno cripto”, crise que levou algumas empresas à insolvência no exterior. “O preço é muito influenciado pela oferta e demanda, e como ativo de risco tem todos os ciclos. Com o passar do tempo, tende a ficar mais estável, principalmente quando entrarem mais investidores institucionais, como os fundos de pensão que podem ver as cripto como uma classe de ativos”, argumenta Freitas. Segundo ele, a própria BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, está comprando ETF de criptomoedas, fundos negociados em Bolsas atrelados a criptomoedas. “Aqui no Brasil também deve ocorrer alocação de capital para esses fundos”, diz.

No último ciclo econômico atrelado à covid-19, lembra o executivo da Bitso, a injeção de liquidez na economia mundial fez com que todos os ativos de risco subissem muito. A valorização das criptomoedas acompanhou todo o movimento. “Mas os Bancos Centrais começaram a tirar liquidez dos mercados devido à inflação e os ativos de risco caíram muito”, avalia Freitas.

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