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Crise afeta pouco hábitos de consumo dos brasileiros

Por AE
Atualização:

O esperado comportamento de "manada" do consumidor de cortar as compras em resposta à crise não ocorreu da forma esperada pelas empresas de bens de consumo e prestadoras de serviços. Cerca de 40% dos brasileiros continuam consumindo normalmente. Mesmo os mais pessimistas seguem comprando, mas com pequenos ajustes. Eles dão prioridade aos itens básicos, revela uma pesquisa recém-concluída pela Officina Sophia. O objetivo do estudo foi identificar as novas oportunidades de mercado diante do cenário de crise.A pesquisa ouviu 500 pessoas de todas as classes sociais na Grande São Paulo, região considerada espelho do comportamento de consumo do País. O levantamento identificou cinco perfis de consumidores de acordo com a forma como reagiram à crise na hora de ir às compras. Segundo Paulo Secches, presidente da consultoria e responsável pela pesquisa, dois deles, o otimista e o controlado, que juntos respondem por 40% da amostra, não reduziram os gastos com produtos e serviços. Muito pelo contrário.No caso do otimista, 73% dos entrevistados, mantiveram as despesas com academia, e 4% deles até aumentaram os gastos com esse serviço. De acordo com a enquete, 67% dos consumidores tidos como "controlados" continuaram gastando as mesmas cifras com roupas e calçados apesar da crise, e 6% deles enquadrados nesse perfil aumentaram os desembolsos com esses itens. "Com a crise, as empresas estavam prontas para o efeito manada no consumo e isso não ocorreu, o que suscitou dúvidas", afirma Secches. Segundo ele, a pesquisa revelou que, ao contrário de outras crises, o consumidor reagiu desta vez de forma diferenciada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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