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Crise argentina abala pouco as multinacionais no país

Por Agencia Estado
Atualização:

Pelo menos 20 empresas estrangeiras instaladas na Argentina não se deixaram abater pela mais severa crise econômica financeira do país ocorrida nos últimos 50 anos e desembolsaram US$ 2,122 bilhões desde janeiro a novembro deste ano para capitalizar as filiais. As casas matrizes dos bancos foram as que mais colocaram capital para manter os negócios, com US$ 714,5 milhões de dólares, seguidas pelo setor automotivo, com US$ 609,7 milhões, e em terceiro lugar, o setor aéreo comercial, monopolizado por um investimento da espanhola Marsans à Aerolíneas Argentinas, com US$ 337 milhões. Entre os três setores concentram-se 78% das capitalizações realizadas. Porém, muitos destes aportes não significaram dinheiro novo nas empresas. No caso dos bancos, por exemplo, o analista Gabriel Caracciolo, da Standard & Poors, explica que serviu "para converter as dívidas das filiais com as casas matrizes em capital como maneira de reforçar o patrimônio". Também houve casos em que o dinheiro foi utilizado para pagar bônus corporativos, o que significa que o desembolso "fez uma escala na Argentina e depois seguiu seu destino", disse Gabriel Caracciolo. No caso do setor automotivo foi diferente, segundo o presidente da Associação de Fábricas de Automotores, Juan Manuel Lardizábal. Nenhuma montadora deixou o país, mas o setor só trabalha com 15% da capacidade. Os investimentos brasileiros são citados como genuínos e, segundo os analistas, "a tendência se os investimentos serão baixos ou altos será pautada pelas apostas feitas pela Petrobras na Pecom e da Brahma na Quilmes que olham a longo prazo e aproveitam a crise". As informações e o levantamento sobre a capitalização das empresas foi feito pelo jornal econômico El Cronista.

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