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Crise argentina abre hoje cúpula do WEF

Por Agencia Estado
Atualização:

A crise econômica argentina está entre os principais temas da abertura da primeira cúpula empresarial latino-americana, organizada pelo World Economic Forum (WEF), que começa hoje à tarde no Rio e da qual devem participar mais de 400 convidados, entre economistas, analistas, intelectuais, executivos de conglomerados empresariais, representantes da sociedade civil e de organizações não governamentais. "O que ocorreu com todos nós na Argentina?" é o tema da sessão plenária do WEF, na qual o subsecretário de Estado dos EUA para Economia e Negócios e Agricultura, Alan P. Larson e o ex-presidente do Banco Central argentino Mario Blejer, entre outros, vão tentar explicar as raízes da grave situação econômica, financeira e política da Argentina. Junto com Guillermo Perry, economista-chefe para a América Latina e o Caribe do Banco Mundial (Bird), Larson e Blejer vão examinar o histórico econômico turbulento do país, levando em consideração a ligeira reação econômica dos últimos dois trimestres, nos quais a economia cresceu 0,5% (entre julho e setembro) e 0,9% (entre abril e junho), respectivamente. Vale lembrar que o fim de um período recessivo de um país é considerado apenas quando se verifica um crescimento em três trimestres consecutivos, em relação aos períodos imediatamente anteriores. Os mais de 400 convidados vão tentar ainda saber dos palestrantes quais as lições críticas a serem aprendidas com a crise argentina. "Com ajuda internacional ou regional, poderia ser mais eficiente?",indaga o WEF, organizador do evento. Pouco antes da sessão plenária, que começa às 14h00, o governador de Buenos Aires, Anibal Ibarra; Ricardo Young, presidente do Ethos Institute no Brasil; e Alan P. Larson vão debater sobre o que deu errado e certo na América Latina. A pergunta é como o entendimento dos sucessos e fracassos do passado podem remodelar a América Latina. Para o WEF, por exemplo, a crise de confiança na política abalou toda a região. "Retórica anti-globalização e políticos populistas formaram uma nova massa de críticos, mas, ao mesmo tempo, a classe média está encolhendo e a desigualdade de renda está aumentando, mesmo com as preocupações com a educação, saúde e infra-estrutura", diz o WEF. "As democracias da América Latina poderão sobreviver a políticas ´status quo´ e às economias turbulentas? Quais as refromasnecessárias para melhorar a igualdade social no futuro próximo?", indagam os organizadores. Copa do mundo Ao final desta quarta-feira, os debates devem girar em torno da competitividade. "Além da Copa do Mundo, a América Latina pode competir com o resto do mundo?", pergunta o WEF. Em sessões fechadas à imprensa, os participantes vão discutir, por exemplo, os próximos passos necessários do sistema financeiro latino-americano. Os participantes vão examinar o desempenho dos bancos na região, comparado ao de outros no resto do mundo. Entre as perguntas que vão tentar responder estão a posição da América Latina em relação ao custo de crédito, reservas nacionais e capital de risco. A idéia é saber também como os créditos de risco podem ser evitados no futuro e como financiadores domésticos e internacionais podem reconstruir os sistemas bancários. Desse debate vão participar Manoel Cintra Neto, presidente da BM&F; Jean Rozwadowski, presidente da Mastercard International para América Latina e o Caribe; e Raul Argelles, vice-presidente do Mexican Bank for Foreing Trade.

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