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Crise domina agenda da cúpula ibero-americana

Por João Domingos e E LEONARDO GOY
Atualização:

Embora o tema central da 18ª Reunião de Cúpula dos Países Ibero-Americanos, que acontece em San Salvador, seja sobre os direitos da juventude, o assunto que predomina é a crise financeira global. Os presidentes e representantes dos 22 países participantes deverão aprovar sugestão à Organização das Nações Unidas (ONU) para que a entidade promova reunião de emergência em busca de saídas para a crise. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende a criação de mecanismos que combatam a especulação financeira internacional. A presidente do Chile, Michele Bachelet, parece pensar da mesma forma. Em discurso, ontem à noite, ela chamou a atenção dos chefes de Estado participantes da cúpula para o duro momento vivido hoje por todos os países. Ela alertou que as nações emergentes precisam se preparar para enfrentar a crise. Espanha O Brasil decidiu apoiar a participação da Espanha na reunião do G-20, marcada para 15 de novembro, em Washington, informou o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim. O chanceler brasileiro antecipou que o presidente Lula transmitirá ao primeiro-ministro espanhol, José Luiz Zapatero, o aval para que o país ibérico também participe do G-20, do qual o Brasil é integrante. Zapatero aproveitou a reunião de cúpula ibero-americana, em San Salvador, para costurar apoio dos participantes à ida dele ao encontro de Washington. Entre os países participantes da 18ª Reunião de Cúpula, está havendo uma mobilização para pedir o fim do embargo a Cuba, país que é o próximo destino do giro internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele deixa San Salvador às 19 horas (horário de Brasília) e chega a Havana às 20 horas desta quinta. Estatuto do G-20 Em Brasília, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que na última reunião do G-20 propôs uma mudança no estatuto do grupo. "Hoje, o G-20 é um fórum de ministros da Fazenda e presidentes de banco centrais. Eu acho que seria mais importante se passasse a ser um fórum de chefes de Estado como é o G-7". Segundo o ministro, ao realizar apenas uma reunião de ministros, o G-20 não tem poder de ação e acaba sendo apenas um órgão de reflexão. Mantega lembrou que no próximo dia 8 de novembro os ministros integrantes do G-20 vão se reunir em São Paulo. Depois disso, no dia 15 do mesmo mês, o presidente dos EUA, George W. Bush, convocou uma reunião com os chefes de Estado dos países do G-20. "Levaremos as propostas que vamos elaborar em São Paulo".

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