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Crise dos EUA afetou otimismo no Brasil, aponta Abrasca

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Por Redação
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A crise no setor de hipotecas dos Estados Unidos que afetou os mercados financeiros abalou o otimismo dos empresários de companhias abertas brasileiras, segundo pesquisa de uma entidade do setor. A sondagem da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) revelou, nesta quinta-feira, uma redução nas projeções sobre investimentos e balança comercial para o primeiro semestre desse ano. O levantamento realizado com um quarto das 180 conpanhias abertas associadas mostra que 72 por cento das empresas esperam uma alta dos investimentos no primeiro semestre desse ano, enquanto que a previsão feita para o segundo semestre do ano passado era de 87 por cento. Segundo a Abrasca, 28 por cento dos entrevistados esperam uma elevação na balança comercial brasileira, ao passo que a estimativa para o segundo semstre de 2007 era de 37 por cento. "O nível de otimismo no ano passado era muito alto. Agora, o otimismo é mais moderado sem dúvida alguma", afirmou o presidente da Abrasca, Antônio Castro. "Essse otimismo menor se deve à crise nos EUA. A crise sem dúvida vai ter reflexo no Brasil e a pesquisa mostra isso, mas está claro que o país está mais preparado para enfrentar os efeitos da crise", acrescentou o executivo ao destacar que a demanda interna poderá compensar em partes as perdas decorrentes da crise externa. O número de entrevistados que esperam um crescimento do PIB diminuiu, de acordo com a Abrasca, e o percentual dos que esperam uma elevação da inflação no primeiro semestre cresceu ante a pesquisa feita no segundo semestre de 2007. (Reportagem de Rodrigo Viga Gaier; Edição de Vanessa Stelzer)

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