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Crise externa e leilão de cambiais ditam mercado

A deterioração do cenário internacional continua influenciando os mercados. Mas o leilão de rolagem de títulos cambiais com vencimento na semana que vem também deve afetar os negócios.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os mercados continuam sob efeito das dificuldades no cenário internacional. Com exceção das apreensões com um ataque terrorista na semana que vem, quando os atentados de 11 de setembro completam um ano, não se espera melhora no curto prazo. Outro ponto de tensão pontual é o leilão de rolagem de papéis cambiais com vencimento na semana que vem. Ontem o governo só conseguiu rolar 36% dos cerca de US$ 1,9 bilhão em títulos cambiais com vencimento na próxima quarta-feira. Hoje será feita nova tentativa, o que deve afetar os negócios em todos os mercados. Também se espera, que como se observou ao longo da semana, o Banco Central (BC) realize leilão de linhas de crédito complementares à exportação. Se não fugir à regra, também venderá dólares à vista. Mas, dado o pessimismo com a conjuntura internacional, nem essa presença forte do BC tem sido capaz de evitar as altas do dólar. Seguindo a mesma tendência, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) não pára de cair e os juros seguem subindo. Não se fala mais em queda imediata da Selic, a taxa básica referencial de juros da economia, atualmente em 18% ao ano. E mesmo para a reunião de setembro, marcada para os dias 17 e 18, são poucos os que apostam em queda nos juros. As incertezas no campo internacional trazem muitos temores. Pontualmente, temem-se novos ataques na próxima quarta-feira, mas há muitos outros fatores. O governo norte-americano já está buscando apoio entre seus principais aliados internacionais e no próprio Congresso dos EUA para uma invasão no Iraque, o que vem pressionando muito os preços do petróleo nos mercados internacionais. O desempenho das principais economias do mundo, especialmente dos Estados Unidos e do Japão também decepcionam, e afetam os resultados das empresas nas bolsas de valores. Mesmo a crise do mercado acionário norte-americano ainda não foi revertida, e a recuperação da confiança, e, conseqüentemente, dos investidores deve ser lenta. Mercados O dólar comercial foi vendido a R$ 3,1520 nos últimos negócios do dia, em alta de 1,03% em relação às últimas operações de quarta-feira. No mercado de juros, os contratos de DI futuro com vencimento em janeiro de 2003 negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros pagam taxas de 20,860% ao ano, frente a 20,740% ao ano quarta-feira. A Bovespa fechou em queda de 2,73% em 9723 pontos. Em Nova York, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em queda de 1,68% (a 8283,7 pontos), e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York -caiu 3,20% (a 1251,00 pontos). Às 18h, o euro era negociado a US$ 0,9914; uma queda de 0,02%. Na Argentina, o índice Merval, da Bolsa de Valores de Buenos Aires, fechou em baixa de 0,90% (370,36 pontos). Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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