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Crise faz KKR adotar cautela no País

O fundo de investimento KKR (Kohlberg Kravis Roberts), uma das maiores empresas de private equity - que compram participações em empresas - do mundo, continua analisando ativos no Brasil. Mas, diante do cenário macroeconômico complicado para 2015 e as denúncias envolvendo a corrupção na estatal Petrobrás, o apetite do fundo para fechar negócios está mais conservador, segundo apurou o Estado. A exemplo do que ocorre com fundos concorrentes, o foco da companhia se concentra nos setores de saúde, sobretudo em hospitais que pertencem a pequenos grupos de médicos, e educação, mas não o ensino superior. O setor de agronegócios está no radar e logística "sofisticada" também é alvo do fundo. A gestora fez sua estreia no País em abril do ano passado, com a compra do controle da Aceco, uma companhia que constrói data centers para empresas. O valor do negócio não foi divulgado oficialmente, mas a Aceco foi avaliada, à época, em R$ 1,5 bilhão. Antes de colocar os pés no Brasil, o KKR avaliou mais de cem oportunidades de negócios, segundo uma fonte a par do assunto. Entre eles, o laboratório Fleury e a empresa de educação e de informática Positivo - dois negócios que, até agora, não fecharam a entrada de novos sócios. Recentemente, o laboratório Fleury - que hoje é administrado por um grupo de mais de 20 médicos - anunciou que voltou ativamente a buscar um sócio. A gestora KKR tem cerca de US$ 95 bilhões em ativos sob gestão e captou em 2012 cerca de US$ 9 bilhões, dos quais até 25% podem ser investidos fora dos EUA e Canadá.

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Por Redação
Atualização:

'Somos o último a entrar em crise e o primeiro a sair dela' O varejo farmacêutico não vai ter um ano de ouro em 2015, mas não deverá passar por apertos. "Trabalhamos com o mesmo cenário de expansão de 2014", afirma Sérgio Mena Barreto, presidente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). A Abrafarma reúne as 29 maiores redes do País, que encerraram o ano passado com faturamento de R$ 32,38 bilhões, alta de 12,81% em relação a 2013. "Nosso setor é o último a entrar em crise e o primeiro a sair dela", diz. O que faz do varejo farmacêutico um setor mais resiliente à crise? Atuamos em um segmento que vende medicamentos. As pessoas não deixam de comprar remédio quando estão doentes. Além disso, o setor de higiene e beleza tem aumentado sua participação nas vendas totais das redes. Nos anos 90, os medicamentos representavam 85% do total do faturamento e os não medicamentos, 15%. Hoje, os não medicamentos respondem por 34% da receita das grandes redes. O que faz o setor de higiene e beleza ganhar espaço durante a crise? Mulher gosta de se sentir bem. Ficar bonita. O setor de dermocosméticos tem crescido acima de dois dígitos nos últimos anos. Em 2014, a Abrafarma estava pessimista em relação à expansão do setor? O que mudou? Havia um pessimismo de queda nas vendas durante a Copa do Mundo e o efeito das manifestações no período pré-eleitoral, o que não se confirmou. No fim do ano passado, as grandes redes confirmaram que vão continuar expandindo seus negócios em 2015. Como será essa expansão? Orgânica ou por aquisições? As redes mantêm expectativa de crescer 10% ao ano, com novas lojas. A gente vê onda de consolidação, mas não comentamos estratégia de associados.

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