PUBLICIDADE

Publicidade

Crise internacional pressiona mercados

Os mercados mundiais voltaram a apresentar fortes quedas, afetando os mercados no Brasil. A recuperação da economia mundial ainda não convence, os Estados Unidos estão próximos de uma guerra com o Iraque e em uma semana os atentados completam um ano.

Por Agencia Estado
Atualização:

Há uma semana, os mercados internacionais retomaram uma forte tendência de queda. A uma semana do aniversário dos ataques terroristas em Nova York e Washington, as razões do pessimismo continuam as mesmas. A recuperação da economia mundial continua frágil, refletindo nos resultados decepcionantes das empresas, e a situação no Oriente Médio vem se agravando, especialmente com a possibilidade crescente de uma nova guerra entre os Estados Unidos e o Iraque. Os mercados brasileiros seguiram a onda mundial. As principais economias mundiais seguem apresentando desempenho fraco, o que se traduz em resultados desanimadores de empresas e queda nos valores das ações negociadas nas bolsas. E as declarações do primeiro-ministro inglês e da cúpula do governo norte-americano dão cada vez mais indicações de que a possibilidade de uma guerra com o Iraque não deve ser descartada. A proximidade do primeiro aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001 também preocupa os investidores, que temem novos ataques. No Brasil, a deterioração do cenário mundial provocou queda na bolsa e altas nos juros e no dólar. Além disso, os investidores já não acreditam numa queda imediata da Selic, a taxa básica referencial da economia, atualmente em 18% ao ano. Se houver queda, segundo analistas, ela deve vir na a próxima reunião mensal do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 17 e 18. O próprio presidente do Banco Central (BC) Armínio Fraga reconheceu que a conjuntura reduz as possibilidades de corte, apesar das projeções de inflação para 2003 permitirem uma Selic mais baixa. Do lado positivo, Fraga e o ministro da Fazenda, Pedro Malan, anunciaram o cronograma de visitas a investidores europeus, no início da próxima semana para tentar recuperar linhas de crédito ao Brasil. E o Banco Central (BC) conseguiu leiloar US$ 50 milhões das linhas de crédito às exportações, pela primeira vez sob regras mais flexíveis, além de vender dólares no mercado à tarde. Já o quadro eleitoral, a grande fonte de instabilidade no mês passado, vem agradando o mercado. Os avanços de José Serra (PSDB/PMDB), o favorito dos mercados, são significativos. Ele já aparece empatado em segundo lugar em todas as pesquisas de intenção de votos da semana. Especialistas consideram que se o candidato governista conseguir isolar-se no segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, as cotações podem se recuperar ainda mais. Mercados O dólar comercial foi vendido a R$ 3,1000 nos últimos negócios do dia, em alta de 1,24% em relação às últimas operações de segunda-feira. No mercado de juros, os contratos de DI futuro com vencimento em janeiro de 2003 negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros pagavam taxas de 20,310% ao ano, frente a 20,300% ao ano segunda-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 2,34% em 10135 pontos. Em Nova York, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em queda de 4,10% (a 8308,0 pontos), e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York -caiu 3,88% (a 1263,84 pontos). O euro fechou a US$ 0,9970; uma alta de 1,28%. Na Argentina, o índice Merval, da Bolsa de Valores de Buenos Aires, fechou em baixa de 0,77% (368,55 pontos). Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.