A cautela predomina na maioria dos mercados financeiros nesta terça-feira,20, e o Ibovespa chegou a cair aos 98 mil pontos, refletindo temores com a crise na Argentina, mas também a crise na Itália e receios de desaceleração global. O dólar cai ante o real, acompanhando o recuo visto ante algumas moedas emergentes. Na última hora a moeda americana negociada à vista chegou a subir pontualmente. O tom mais defensivo também é visto nos juros futuros, que operam em leve alta.
Na Europa, as Bolsas passaram a cair menos e o euro ganhou força com a renúncia do primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, que anunciou ainda o fim da coalizão governista entre a Liga e o Movimento 5 Estrelas (M5S). Segundo Conte, a moção de desconfiança apresentada pela Liga contra seu governo significa o fim "dos trabalhos da coalizão".
Na Argentina, o recém-empossado ministro da Fazenda da Argentina, Hernán Lacunza, insinuou em seu primeiro pronunciamento no cargo que o Banco Central da República Argentina (BCRA) pode passar a atuar de acordo com uma nova banda cambial. O presidente do BC argentino disse que a instituição continuará intervindo no mercado de câmbio por meio de leilões de dólares, que ultrapassaram US$ 500 milhões na semana passada, para defender a cotação do peso argentino.
Os índices das Bolsas em NY abriram em queda. No Brasil, a moeda americana recuava, mas os juros futuros passaram a ter leve alta, com investidores monitorando a situação política na Argentina e na Itália. Às 11h43, o Ibovespa recuava 0,23%, chegando aos 99.243,89 pontos, enquanto Dow Jones caía 0,23%. As ações da Petrobrás caíam, em linha com o recuo do petróleo, enquanto as da Vale tinham alta de perto de 1%. O dólar à vista tinha queda de 0,60%, cotado a R$ 4,0419.