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Crise na Líbia mantém mercado na defensiva e Bovespa perde 1,22%

Por Claudia Violante
Atualização:

Em mais um dia de violência na Líbia, os investidores continuaram ontem fugindo do risco ao mesmo tempo em que começaram a embutir nos preços dos ativos o impacto que a alta do petróleo deve ter na inflação e, por tabela, na recuperação da economia global. Os sangrentos conflitos na Líbia elevaram o receio de alastramento da instabilidade para grandes produtores de óleo como Irã, Argélia e Arábia Saudita. O ditador Muamar Kadafi disse ontem, em discurso transmitido pela televisão, que não vai abandonar o poder e prometeu morrer como mártir. O petróleo disparou mais de 8% em Nova York, para US$ 93,57 o barril, e foi cotado na faixa de US$ 106 na praça londrina. Na Europa, as bolsas recuaram pelo segundo dia e, nos EUA, a volta do feriado foi marcada por ajustes negativos. O Dow Jones cedeu 1,44%; o S&P 500 caiu 2,05% e o Nasdaq teve baixa de 2,74%. Depois de ameaçar uma melhora durante o dia puxada pelos ganhos acentuados das ações de Petrobrás, a Bovespa se deixou contaminar pelo clima de aversão ao risco e perdeu 1,22%, descendo aos 66.439,83 pontos. Com isso, o Ibovespa está novamente negativo no mês (0,20%). No câmbio, o Banco Central conseguiu levantar o dólar com uma dupla atuação - swap cambial reverso e compra à vista. Assim, a moeda fechou na máxima, a R$ 1,672 (+0,30%), alinhada com o exterior. Há três dias em alta, o dólar acumulou ganho de 0,60% no período. A percepção de que o petróleo mais caro pode esfriar a economia mundial chamou uma realização de lucros nas commodities agrícolas e metálicas e justificou a queda das taxas futuras de juros aqui.

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