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Crise não deve atrapalhar planos da Azul, diz executivo

Por Alberto Komatsu
Atualização:

A companhia aérea Azul, criada no início deste ano e em preparação para a entrada em operação, pretende fechar 2009 com uma frota de 16 aviões, vôos para nove cidades e 1 milhão de passageiros transportados. Para 2010, a idéia é ter 26 aeronaves, voar para 15 localidades e embarcar 2,5 milhões de pessoas. Segundo o diretor de relações institucionais da companhia, Adalberto Febeliano, a crise mundial não deve afetar a velocidade de expansão da Azul, a não ser que haja um agravamento "muito grande da situação". "Estamos vendo como vai se desenrolar essa situação para tomar as decisões necessárias. Se houver uma mega, hiper, super recessão mundial, aí talvez a gente tenha de adiar a entrega de aviões. Se, por outro lado, essa crise toda não resultar em nenhuma diferença e o mercado brasileiro continuar crescendo 12% ao ano, talvez a gente queira acelerar um pouco as entregas", disse Febeliano. A etapa final de certificação da Azul, por meio da obtenção do certificado de homologação como empresa de transporte aéreo (documento conhecido como Cheta) deve estar concluída até o final deste mês, disse Febeliano. Para poder antecipar sua certificação, a empresa arrendou duas aeronaves da empresa aérea americana JetBlue, fundada por David Neeleman, presidente do conselho de administração e fundador da Azul. O executivo não revelou quais serão as cidades atendidas a partir deste ano - a Azul quer começar a voar no início de dezembro. Porém, citou algumas rotas que estão nos planos da companhia até 2013, como três vôos diários entre o Rio e Londrina, além dos vôos Manaus-Salvador e Manaus-Foz do Iguaçu, por exemplo. A frota inicial da Azul já está com financiamento contratado. Segundo Febeliano, há chance de a empresa obter uma linha de financiamento em reais com o BNDES, o que compensaria a volatilidade do câmbio. Segundo Febeliano, todos os ministérios e órgãos federais em que a Azul e seus executivos estiveram, em Brasília, pediram a aceleração do início de operação da empresa.

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