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Crise nos EUA afetaria crescimento da América Latina, diz ONU

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Por Redação
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A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que a economia da América Latina crescerá 2,6 por cento neste ano caso a crise hipotecária nos Estados Unidos se prolongue por mais tempo, disse nesta quinta-feira Robert Vos, diretor de uma divisão do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da entidade. A crise nas hipotecas de alto risco (subprime) que se desenrola nos EUA desde a metade do ano passado golpeou os mercados financeiros globais e fez a maior economia do mundo enfrentar um alto risco de recessão. A estimativa da ONU para a América Latina é de crescimento econômico de 4,7 por cento para 2008, mas uma maior deterioração do setor imobiliário norte-americano poderia reduzir essa previsão para quase a metade, disse Vos. "Em um cenário mais pessimista, no qual continue se deteriorando a situação nos EUA pela crise imobiliária, que poderia ter um impacto mais forte sobre o dólar, esse crescimento poderia ser reduzido para 2,6 por cento", afirmou. A América Latina, especialmente economias como as do México --com mais de 80 por cento das exportações ao seu vizinho do norte--, está muito ligada ao desempenho dos EUA. Durante a apresentação mundial do informe nas Nações Unidas na quarta-feira, Vos advertiu que há riscos "claros e presentes" de que a economia mundial fique perto de um estancamento em 2008 devido à fraqueza do dólar e aos problemas no setor imobiliário norte-americano e no mercado de crédito. (Reportagem de Tomás Sarmiento)

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