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Crise política agita mercado financeiro em dia do Copom

Por Agencia Estado
Atualização:

No dia em que o Comitê de Política Monetária (Copom) define o rumo da Selic, taxa básica de juros da economia, é o noticiário político que concentra as atenções. A preocupação com uma eventual Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o caso Waldomiro e com os efeitos das denúncias sobre o governo Lula geraram um desconforto no mercado como um todo (veja mais informações no link abaixo). Os juros futuros de curto prazo confirmam que a maioria do mercado fechou na aposta de que o Copom decidirá hoje manter inalterada a Selic, a taxa básica de juros da economia. De qualquer forma, os contratos de prazo mais longo refletem que o clima é de desconforto em relação ao noticiário político. Os juros pós-fixados (DIs) de médio e longo prazo ampliaram os prêmios e, segundo operadores, "mudaram de patamar" por conta da preocupação com os efeitos do chamado caso Waldomiro sobre a imagem do governo. "Houve uma clara deterioração no humor do mercado", afirma um profissional. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), os contratos com taxas pós-fixadas e vencimento em janeiro encerraram o dia com juros de 15,47% ao ano, ante 15,33% de ontem; o contrato com vencimento em julho pagou juros de 15,79% ao ano, ante 15,71% ao ano ontem. Bolsa e dólar Em dia de vencimento de operações no mercado futuro da Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa ? índice que mede o desempenho das ações mais negociadas na Bolsa - fechou em queda de 1,90%, para 21.999 pontos, com volume financeiro de R$ 2,466 bilhões. Deste total, R$ 866 milhões foram originados do exercício de opções (operação no mercado futuro). O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 2,9400 na ponta de venda dos negócios, em alta de 0,75% em relação às últimas operações de ontem. A moeda norte-americana iniciou o dia no patamar de R$ 2,9180 e oscilou entre a máxima de R$ 2,9480 e a mínima de R$ 2,9150. Com o resultado de hoje, o dólar registra alta de 0,31% em fevereiro e acumula baixa de 18,12% nos últimos doze meses.

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