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Crise política atrapalha, mas não afasta investimentos, diz Amcham

Segundo o presidente do conselho de administração da Câmara Americana de Comércio (Amcham), Hélio Magalhães, "a crise política não terá maiores impactos e nem afastará investimentos externos"

Por Agencia Estado
Atualização:

O recrudescimento da crise política brasileira às vésperas das eleições gerais não deve afastar investimentos estrangeiros no País, afirmou nesta sexta-feira o presidente do conselho de administração da Câmara Americana de Comércio (Amcham) Brasil e presidente da American Express Brasil, Hélio Magalhães. "A crise política atrapalha, é claro, mas não terá maiores impactos e nem afastará investimentos externos, porque o mundo vê o Brasil como uma democracia sólida e com instituições fortes", explicou. "Hoje, a maioria dos investimentos mundiais é feita na China, um país que vive sob um regime totalitário", completou Magalhães, que participou nesta sexta do evento que marcou a inauguração da sede regional da Amcham em Ribeirão Preto (SP). Em um rápido pronunciamento, o executivo afirmou que a inauguração da sede na cidade paulista marca a aproximação da Amcham com o etanol, já que Ribeirão Preto é o pólo da região maior produtora mundial do combustível de cana-de-açúcar. "Achamos que a Câmara (Amcham) pode trazer experiências de debates e discussões, mas também é a oportunidade de aprender com o agronegócio e com o etanol", disse Magalhães. Ele lembrou ainda que uma comitiva da Amcham está nos Estados Unidos para tentar convencer congressistas a evitarem a derrubada do Sistema Geral de Preferências (SGP), pelo qual os norte-americanos zeram tarifas de importação de determinados produtos para países em desenvolvimento. "Esse sistema gerou divisas de US$ 3 bilhões para empresas brasileiras que exportaram para os Estados Unidos no ano passado; se ele acabasse, criaria um custo para essas empresas que não são competitivas com os produtos locais", disse o presidente do conselho de administração da Amcham. A pressão sobre o governo norte-americano para o fim das preferências começou, curiosamente, por congressistas ligados aos produtores locais de milho e de etanol, justamente um produto que é taxado, no caso do brasileiro, em 54 cents por galão para entrar nos Estados Unidos.Ainda sobre etanol, Magalhães lembrou que os Estados Unidos são hoje os maiores produtores mundiais do combustível, mas que o Brasil deve retomar esse posto com o início de operação dos novos projetos no próximo ano. "O importante é trabalharmos em parceria e explorarmos juntos esse enorme mercado para o etanol", concluiu Magalhães.

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