
06 Janeiro 2010 | 16h30
A disputa entre o governo e a autoridade monetária começou devido a um decreto presidencial que ordenou ao banco que transferisse 6,5 bilhões de dólares de suas reservas para o pagamento de dívidas, em meio a problemas fiscais.
O ministro-chefe de gabinete, Aníbal Fernández, disse que as decisões da política são tomadas pela presidente e não pelo banco central.
A agência de notícias estatal Télam anunciou que Redrado será substituído em seu cargo pelo economista Mario Blejer. Contudo, uma fonte na entidade apontou à Reuters que Redrado não renunciará, o que pode desencadear um conflito entre poderes, uma vez que a entidade é autônoma e seu presidente só pode ser retirado pelo Congresso.
"Constitucionalmente quem deve intervir é o Congresso Nacional e Redrado não vai renunciar", disse a jornalistas a fonte do banco central argentino.
Redrado vinha atrasando o repasse das reservas internacionais ao governo aguardando a opinião do Congresso e da Justiça.
"Martín Redrado não cumpre com seus deveres de funcionário público se não abrir hoje a conta do banco central para pagar a dívida", disse Aníbal Fernández a uma rádio local.
A notícia derrubou o peso e operadores temem que exista uma redução nos ganhos dos bônus públicos.
"Há versões e rumores de toda natureza, desde renúncias a negociações", explicou um agente de uma mesa de câmbio.
(Reportagem de Jorge Otaola e Nicolás Misculin)
Encontrou algum erro? Entre em contato