Publicidade

CSA ficará para 2º semestre de 2009, avisa Thyssen

Por Angelo Ikeda
Atualização:

O conglomerado industrial alemão ThyssenKrupp anunciou hoje que deve aumentar o orçamento para a construção da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), na cidade do Rio de Janeiro, e que o início do funcionamento da usina deve atrasar de quatro a seis meses em relação ao planejado. O início das operações estava previsto para março do ano que vem. O empreendimento no Rio de Janeiro é uma parceria da empresa alemã com a mineradora brasileira Vale, que tem 10% de participação. A CSA exportará 5 milhões de toneladas de aço ao ano, sendo 2 milhões para a Europa e 3 milhões para países do Nafta (Estados Unidos, Canadá e México). O investimento estava previsto anteriormente em cerca de 3 bilhões de euros. A companhia alemã também elevou a previsão de gastos para uma usina que está construindo nos EUA. A ThyssenKrupp informou que os investimentos na construção das duas unidades deverão aumentar para 700 milhões de euros. A ampliação dos investimentos se deve principalmente às despesas adicionais para trabalhos auxiliares na CSA, segundo a ThyssenKrupp. "Outras razões para o estouro do orçamento incluíram substanciais aumentos de preços tanto no mercado brasileiro de construção civil como nos mercados internacionais de equipamentos, bem como a otimização do trabalho técnico", explicou a companhia. A valorização do real também contribuiu para elevar os investimentos necessários na siderúrgica brasileira, segundo um porta-voz da ThyssenKrupp. Já o adiamento do início das operações foi atribuído à "aceleração da demanda global por bens de capital (máquinas e equipamentos)", que causou atrasos por parte dos fornecedores, além de "gargalos na entrega de materiais de construção e chuvas mais fortes e prolongadas do que o habitual, entre 2007 e 2008", que retardaram os trabalhos de solda na obra da usina. Lucro O lucro líquido da ThyssenKrupp no segundo trimestre fiscal foi de 486 milhões de euros (US$ 751,7 milhões), o que representa um aumento de 122% em relação aos 219 milhões de euros registrados no mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, a grande variação foi motivada por encargos extraordinários de 480 milhões de euros no segundo trimestre do ano fiscal anterior, relacionados a uma multa antitruste para a divisão de elevadores. Ainda assim, o resultado ficou abaixo da previsão de analistas, que esperavam lucro líquido de 509 milhões de euros. As informações são da Dow Jones.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.